Brasileiro tem perfil conservador e conhecimento escasso para escolher melhor investimento
Entre aqueles que conseguiram guardar dinheiro em outubro e que sabem o valor guardado, a média é de R$518,70.
Levantamento feito SPC Brasil mostra que o brasileiro tem um perfil conservador e inerte na busca de melhores opções das modalidades de investimento. Considerando os entrevistados que costumam poupar, mais da metade (52%) recorreu a tradicional caderneta de poupança. Em seguida, um percentual elevado de 21% disse que costuma deixar o dinheiro em casa, prática não recomendada, uma vez que além desse dinheiro perder o poder de compra ao longo do tempo, está sujeito a furtos. Outras opções mais rentáveis de investimentos, porém menos citadas pelos poupadores, são os fundos de investimento (10%), previdência privada (8%), CDBs (7%) e tesouro direto (4%). Entre aqueles que conseguiram guardar dinheiro em outubro e que sabem o valor guardado, a média é de R$518,70.
O indicador mostra que a poupança, além de ser o destino mais comum das reservas, também é o investimento mais conhecido por aqueles que não tem o hábito de poupar: 71% dessas pessoas disseram já ter ouvido falar a respeito dessa modalidade. No caso da previdência privada, 57% dos que não a possuem, já ao menos ouviram falar ao seu respeito. Alternativa que ganhou espaço nos últimos anos - período em que a taxa Selic se manteve elevada - o tesouro direto é conhecido por apenas 31% desses entrevistados.
De acordo com os entrevistados, as principais razões para não investir em determinadas modalidades de investimentos são o costume por modalidades tradicionais (30%), falta de conhecimento (28%), não saber como fazer (23%) e o medo de perder dinheiro (17%).
Para o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, José Vignoli, habituar-se a guardar dinheiro é apenas o primeiro passo. O segundo, é aloca-lo de modo a garantir um bom rendimento. “Se a escolha do investimento não for bem pensada, no longo prazo, o consumidor pode deixar de ganhar dinheiro nas aplicações. Se a reserva visa a um objetivo de curto prazo, a poupança é melhor do que manter o dinheiro em casa. Por mais que o rendimento da poupança não seja tão alto, é maior do que não fazer nada. Agora, se os objetivos são para médio ou longo prazo, é fundamental pensar em aplicações mais rentáveis, ainda que com menos liquidez”, explica Vignoli.