Quem é virgem pode usar absorvente interno? Especialista explica
Doutora Wanuzia Miranda esclareceu dúvidas no programa Com Você, da TV Tambaú
A sexualidade feminina continua a ser um tema rodeado por uma aura de tabu e desinformação. No entanto, é essencial abordar questões que afetam a vida de muitas mulheres, como o uso de absorventes íntimos e coletores menstruais.
Recentemente, durante uma conversa no reality show Big Brother Brasil 24, uma participante expressou sua preocupação em entrar na piscina devido ao período menstrual, desencadeando uma discussão sobre o assunto.
Diante disso, nesta quarta-feira (13), a aperesentadora Fernanda Albuquerque, do programa Com Você da TV Tambaú, conversou com a doutora Wanuzia Miranda, especialista em ginecologia, para desmistificar questões relacionadas ao uso desses produtos e à sexualidade feminina.
A doutora Wanuzia Miranda ressalta a importância de conhecer bem o próprio corpo antes de utilizar absorventes internos. Muitas mulheres, especialmente as que ainda são virgens, têm receios e dúvidas sobre a inserção desses produtos. A compreensão da anatomia vaginal, como a presença e o tipo do hímen, pode influenciar a capacidade de utilizar esses produtos sem desconforto.
A aversão ao uso de absorventes internos, coletores e outros produtos vaginais muitas vezes está enraizada em tabus sociais que desencorajam as mulheres de explorar e compreender seus corpos. A doutora Wanuzia Miranda enfatiza a necessidade de superar essas barreiras e incentivar a educação sexual desde cedo, para que as mulheres possam fazer escolhas informadas sobre sua saúde íntima.
Outra preocupação comum é o medo de vazamentos. A doutora Wanuzia Miranda esclarece que, na maioria dos casos, os vazamentos não ocorrem devido a uma inserção inadequada do absorvente interno, mas sim devido ao uso de um tamanho inadequado para o fluxo menstrual. É essencial que cada mulher conheça seu fluxo e escolha o produto mais adequado para suas necessidades.
Quanto ao uso do coletor menstrual, a doutora Wanuzia Miranda destaca a necessidade de trocá-lo a cada quatro horas para evitar o acúmulo de sangue, que pode aumentar o risco de proliferação bacteriana. Embora a inserção e remoção do coletor possam parecer desafiadoras no início, com prática e paciência, muitas mulheres têm encontrado esse método mais confortável e conveniente.
Segundo a especialista, desmistificar o uso de absorventes íntimos e coletores menstruais é essencial para promover a saúde e o bem-estar das mulheres. É fundamental quebrar os tabus que cercam a sexualidade feminina e fornecer informações precisas e acessíveis sobre o assunto. Ao compreender melhor seus corpos e suas opções, as mulheres podem tomar decisões conscientes e assertivas em relação à sua saúde íntima.