Pedro Cardoso abandona programa ao vivo e critica presidente da EBC
"Não vou responder a essa pergunta porque quando eu cheguei aqui [à sede da emissora], eu encontrei uma empresa que está em greve", afirmou o ator.
O ator Pedro Cardoso, 54, desabafou contra o presidente da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), responsável pela TV Brasil, e abandonou o programa "Sem Censura", ao vivo, nesta quinta-feira (23).
"Não vou responder a essa pergunta - e a nenhuma outra - porque quando eu cheguei aqui [à sede da emissora], eu encontrei uma empresa que está em greve. E não participo de programa em empresas que estão em greve", disse, logo no início do programa.
Os profissionais da EBC estão em greve desde o dia 14 de novembro, nas praças de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Eles pedem a revisão de medidas como o congelamento de salários e a retirada de benefícios, entre eles, cesta alimentação, de acordo com o site do Sindicato de Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo.
Vários programas da EBC passaram a ser gravados para evitar protestos, especialmente que entrevistados soltassem "Fora Temer", o que aconteceu mais de uma vez. Com a greve, as atrações do canal, incluindo o "Sem Censura", estão sendo exibidas ao vivo.
Em sua fala, Cardoso também citou o presidente da empresa, Laerte Rimoli, que compartilhou nas redes sociais posts que ironizavam recente declaração da atriz Taís Araújo sobre o racismo no Brasil e o preconceito contra seus filhos.
"Além disso, o presidente dessa empresa, uma empresa que pertence ao povo brasileiro, fez comentários racistas a respeito de uma colega minha [Taís Araújo], que tem presença de sangue africano", completou.
Vivendo em Portugal há dois anos e meio, o intérprete de Augustinho Carrara, de "A Grande Família", está no Brasil para divulgar sua obra "O Livro dos Títulos".
"EBC é plural e democrática"
A assessoria de comunicação da EBC disse que o ator teve o direito de se expressar livremente.
"Esta postura da EBC é o resultado da diretriz jornalística e profissional implementada pela atual direção da Empresa Brasil de Comunicação. Nossa programação é a prova viva - e ao vivo - de que esta empresa de comunicação pública é plural, é democrática, acolhe a diversidade de opinião e respeita a lei, inclusive o direito de greve", afirmou.
Via UOL São Paulo