Morre Vladimir Carvalho, ícone do documentário brasileiro, aos 89 anos
Natural de Itabaiana, Paraíba, Vladimir Carvalho viveu na capital federal por várias décadas e dedicou mais de 50 anos à produção cinematográfica
Vladimir Carvalho, um dos mais respeitados documentaristas do Brasil, morreu nesta quinta-feira (24) em Brasília, aos 89 anos. Ele estava internado há três semanas devido a problemas renais e não resistiu a um infarto.
Natural de Itabaiana, Paraíba, Vladimir Carvalho viveu na capital federal por várias décadas e dedicou mais de 50 anos à produção cinematográfica, realizando mais de 10 documentários que abordam temas políticos e históricos. Entre suas obras destacam-se "O País de São Saruê" (1971), "Conterrâneos Velhos de Guerra" (1990) e "Rock Brasília: Era de Ouro" (2011).
O cineasta começou sua carreira em publicações como A União e Correio da Paraíba e foi co-roteirista de "Aruanda" (1960), um marco do Cinema Novo.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), anunciou luto de três dias e prestou homenagem, ressaltando a importância de Carvalho para o cinema e a cultura brasileira. "Ele dedicou sua arte para denunciar injustiças e dar voz aos desassistidos em tempos de censura e perseguição política", declarou.
João Azevêdo, governador da Paraíba, também lamentou a perda, destacando o legado duradouro que o cineasta deixou. Vladimir Carvalho será lembrado como uma figura central na história do documentário brasileiro.