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laudo pericial

Morte de fã de Taylor Swift no Rio de Janeiro é atribuída a calor extremo

O caso continua sob investigação, com as autoridades buscando esclarecimentos sobre os cuidados tomados pela organização do evento

Por Carlos Rocha Publicado em
Ana Clara morreu durante um show da Taylor Swift no Brasil
Ana Clara morreu durante um show da Taylor Swift no Brasil (Foto: Reprodução/Redes sociais)

O episódio que resultou na morte de Ana Clara Benevides, fã fervorosa de Taylor Swift, durante o show da cantora no Estádio Engenhão, no Rio de Janeiro, em 17 de novembro, teve sua causa atribuída ao calor extremo, conforme conclusão do laudo pericial.

De acordo com o perito responsável, Ana Clara estava exposta a um calor difuso de forma indireta, sendo o sol a fonte do calor que levou a estudante de psicologia à exaustão térmica, choque cardiovascular, comprometimento grave dos pulmões e morte súbita. O laudo indicou ainda que Ana Clara sofreu hemorragia alveolar, rompimento dos vasos sanguíneos que irrigam os pulmões, além de congestão polivisceral, a paralisação de vários órgãos devido à exposição difusa ao calor, caracterizando insolação.

A 24ª Delegacia de Polícia (Piedade) está conduzindo uma investigação sobre o incidente e planeja intimar os responsáveis pela T4F (Time for Fun), organizadora do evento, para depor no inquérito. A T4F, por sua vez, reiterou em comunicado que seguiu as melhores práticas de organização de eventos, incluindo as exigências das autoridades, distribuindo água e permitindo a entrada de copos descartáveis sem limitação.

No entanto, Weiny Machado, pai de Ana Clara, levanta a possibilidade de negligência no ocorrido. Em entrevista, ele afirmou: "Nada vai trazer minha filha de volta. O que eu posso dizer é que teve negligência em alguma parte. Não sei se foi por causa da falta de água que provocou vários desmaios. Não sei se pela proibição de entrar com água e faltou."

Taylor Swift, após a primeira noite de shows no Brasil, lamentou a morte da fã em suas redes sociais. Seis dias depois, o CEO da T4F, Serafim Abreu, admitiu que o "calor extremo" naquela semana no Rio de Janeiro foi "sem precedentes" e reconheceu que a organizadora poderia ter tomado ações alternativas para amenizar as condições climáticas.

Abreu classificou a morte de Ana Clara como uma "fatalidade" e ofereceu assistência à família da jovem. "Estamos absolutamente desolados, muito tristes com a perda da jovem Ana Clara, apesar do pronto atendimento e de todos os esforços realizados pelas equipes médicas no evento e no hospital."

O caso continua sob investigação, com as autoridades buscando esclarecimentos sobre os cuidados tomados pela organização do evento diante das condições climáticas adversas.

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