Morte de fã de Taylor Swift no Rio de Janeiro é atribuída a calor extremo
O caso continua sob investigação, com as autoridades buscando esclarecimentos sobre os cuidados tomados pela organização do evento
O episódio que resultou na morte de Ana Clara Benevides, fã fervorosa de Taylor Swift, durante o show da cantora no Estádio Engenhão, no Rio de Janeiro, em 17 de novembro, teve sua causa atribuída ao calor extremo, conforme conclusão do laudo pericial.
De acordo com o perito responsável, Ana Clara estava exposta a um calor difuso de forma indireta, sendo o sol a fonte do calor que levou a estudante de psicologia à exaustão térmica, choque cardiovascular, comprometimento grave dos pulmões e morte súbita. O laudo indicou ainda que Ana Clara sofreu hemorragia alveolar, rompimento dos vasos sanguíneos que irrigam os pulmões, além de congestão polivisceral, a paralisação de vários órgãos devido à exposição difusa ao calor, caracterizando insolação.
A 24ª Delegacia de Polícia (Piedade) está conduzindo uma investigação sobre o incidente e planeja intimar os responsáveis pela T4F (Time for Fun), organizadora do evento, para depor no inquérito. A T4F, por sua vez, reiterou em comunicado que seguiu as melhores práticas de organização de eventos, incluindo as exigências das autoridades, distribuindo água e permitindo a entrada de copos descartáveis sem limitação.
No entanto, Weiny Machado, pai de Ana Clara, levanta a possibilidade de negligência no ocorrido. Em entrevista, ele afirmou: "Nada vai trazer minha filha de volta. O que eu posso dizer é que teve negligência em alguma parte. Não sei se foi por causa da falta de água que provocou vários desmaios. Não sei se pela proibição de entrar com água e faltou."
Taylor Swift, após a primeira noite de shows no Brasil, lamentou a morte da fã em suas redes sociais. Seis dias depois, o CEO da T4F, Serafim Abreu, admitiu que o "calor extremo" naquela semana no Rio de Janeiro foi "sem precedentes" e reconheceu que a organizadora poderia ter tomado ações alternativas para amenizar as condições climáticas.
Abreu classificou a morte de Ana Clara como uma "fatalidade" e ofereceu assistência à família da jovem. "Estamos absolutamente desolados, muito tristes com a perda da jovem Ana Clara, apesar do pronto atendimento e de todos os esforços realizados pelas equipes médicas no evento e no hospital."
O caso continua sob investigação, com as autoridades buscando esclarecimentos sobre os cuidados tomados pela organização do evento diante das condições climáticas adversas.
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