Quem é Renato Cariani, fisiculturista alvo da PF em operação contra tráfico de drogas?
Influenciador fitness conta com mais de 13,6 milhões de seguidores nas redes sociais
Professor de química e de educação física, atleta profissional, empresário e youtuber. É assim que Renato Cariani, de 47 anos, se apresenta em suas redes sociais. Com mais de 13,6 milhões de seguidores - 7,3 milhões no Instagram e 6,3 milhões no YouTube, o fisiculturista ganhou os holofotes nesta terça-feira (12), não por sua fama como influenciador fitness, mas sim por ser alvo de uma operação da Polícia Federal contra uma organização criminosa que desviava produtos químicos para a produção de drogas.
Bullying e fisiculturismo
"A minha vida até os 14 anos foi totalmente destruída pelo bullying", disse Cariani em mais de uma entrevista. O influenciador, que era obeso na infância, começou a fazer musculação para fugir do bullying.
Embora envolvido no mundo fitness há anos, ele se tornou fisiculturista profissional em 2020, quando conquistou o Pro Card (documento que permite que o atleta participe de torneios profissionais).
Em seu site oficial, Renato afirma ter formação em química, educação física e administração de empresas. Lá, ele oferece cursos para conquistar "o corpo dos seus sonhos", aprender "a treinar, a se alimentar melhor e a se organizar para o sucesso". O valor do plano anual é de R$ 358,80, enquanto o mensal custa R$ 49,90.
13,6 milhões de seguidores
O canal de Renato Cariani no Youtube, criado em 2016, tem mais de 6,3 milhões de inscritos e quase 1 bilhão de visualizações. No Instagram, ele é seguido por mais de 7,3 milhões de pessoas. Em suas redes sociais, ele compartilha dicas de treinos e dietas e mostra uma rotina de vida saudável, além de realizar desafios e projetos com famosos.
Empresário da indústria química
Cariani iniciou sua carreira na área química como auxiliar de laboratório, aos 15 anos. Aos 40 anos, já ocupava o cargo de sócio-diretor de uma indústria química, fundada em 1981 e situada no ABC Paulista. A empresa é a Anidrol, alvo da Polícia Federal nesta 3ª feira.
A PF investiga o desvio de 12 toneladas de produtos químicos (fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila) usados para a produção de cocaína e crack. A quantia de produtos químicos desviados corresponde a mais de 19 toneladas de cocaína e crack prontas para consumo, segundo os investigadores.
No mercado interno brasileiro, estima-se que o quilo do crack seja comercializado por valores que variam entre US$ 3 mil (R$ 14.817,60) e US$ 5 mil (R$ 24.695,99).
Até o momento, Renato Cariani não se posicionou sobre o assunto.
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