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Narizinho, do Sítio do Pica Pau Amarelo, aguarda auxílio emergencial: "não me vitimizo"

Atualmente, Raquel de Queiroz trabalha como esteticista e professora de balé.

Por Redação T5 Publicado em
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Raquel de Queiroz, Narizinho do Sítio de Sítio do Pica Pau Amarelo, está com 25 anos. Atualmente ela trabalha como esteticista e professora de balé e contou como está a vida durante entrevista à QUEM.

“Fazer parte do Sítio foi uma honra muito grande, um sonho realizado. Eu amava atuar e o carinho que recebia dos fãs, mas quando meu contrato acabou, acabei perdendo os contatos e estou afastada há um tempo por causa disso”, relembrou.

“Quem tocava a minha carreira era a minha mãe, mas ela não tinha experiência alguma nisso. Não tive produtor ou agência. Meu contrato acabou, minha mãe trocou o telefone e a casa em que morávamos, daí acabamos perdendo os contatos. Recentemente, descobri até que me procuraram pelo Vídeo Show para uma entrevista com as atrizes que interpretaram a Narizinho e não me encontraram por nada. Acredito que devo ter perdido muito trabalho por causa disso. Mas a gente não sabia o que fazer. Não fizemos nem poupança na época. Tudo o que eu ganhava era investido em mim, nos estudos, em cursos. Não me faltava nada”, disse.

Aos 18 anos, ela afirma que começou a dar aulas de balé. “Aconteceu muita coisa na minha vida. Minha mãe ficou doente e voltei para a dança, que era onde eu poderia ter oportunidade de trabalho. Depois perdi a minha mãe, fiquei muito reclusa, fui focando nas prioridades e deixando o sonho de atuar de lado pela falta de oportunidade.”

Atualmente Raquel está com o trabalho paralisado por causa da pandemia, conta com a ajuda do pai e aguarda o auxílio emergencial de R$ 600 do governo, oferecido para pessoas impedidas de trabalhar durante o isolamento social.

“Dou aula para crianças. Trabalhei em várias escolas, creches, mas ultimamente dava aulas na academia Corpus. Por causa da quarentena, não estou trabalhando e estou sem receber. Vou me virando e espero o auxílio do Governo, que é um direito meu, mas não me vitimizo por isso. Não me falta nada. Tenho comida na geladeira, ao contrário de muitas pessoas”, contou.

“A última coisa que eu quero é me vitimizar. Passei por muitas coisas, mas sempre me virei sozinha. Comigo não tem tempo ruim. Se tiver que pegar no batente, pegar busão lotado, trabalhar em dois lugares, faço sem problema algum. Engoli muitos sapos, como qualquer outra pessoa, para ganhar meu salário no final do mês. Agora só estou sem trabalhar por causa da quarentena, mas assim que tudo terminar volto a fazer meu trabalho como esteticista e professora de balé. Peço a todos que fiquem em casa mesmo. Assim ajudamos um ao outro. Tenho muita fé que tudo isso vai passar e acredito na capacidade de cada ser humano de se reinventar.”

Ela também é mãe de Davi, de 5 anos. "Minha vida é muito corrida. Trabalhava em dois lugares para pagar as minhas contas. Essa quarentena, apesar de tudo, pelo menos me permite passar mais tempo com o meu filho.”

“Tenho muita vontade de voltar a atuar. Por causa da internet, comecei a entrar em contato com alguns colegas. Não tenho nada em vista ainda, mas espero conseguir uma oportunidade. Sinto muita falta", desabafou.

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