Pabllo Vittar, Emicida e Majur revelam terem sido evangélicos
Além de terem lançado a música "Amarelo" juntos, eles têm mais em comum do que aparentam.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Além de terem lançado a música "Amarelo" juntos, Pabllo Vittar, Emicida e Majur têm mais em comum do que aparentam. A amizade entre eles é recente, mas o início da carreira de cada um e a religiosidade são bastante parecidos.
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"Nossas histórias se conectam muito mais do que a gente pensava. Fomos evangélicos de igreja, crentes. E todos iniciaram o curso de design", revelou a cantora baiana não binária Majur, em evento na Casa 1, organização de São Paulo que acolhe pessoas LGBT expulsas de casa. "Mas ninguém terminou [a faculdade]", completou Emicida, que também era um dos convidados.
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Pabllo confirma a afirmação. Após uma mudança para Uberlândia (MG) em 2011, a cantora iniciou o curso de design pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), mas não concluir por conta da agenda de shows. Como ela, Emicida e Majur não deram continuidade ao curso.
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Os três também disseram ter frequentado a igreja evangélica quando eram mais novos. Até hoje, Pabllo Vittar diz que a propagação do amor é algo que predomina em suas relações. "Esse ano tive que lidar com muito 'hate' ["ódio"] e foi um ano difícil para mim. Tento me blindar estando com as pessoas das quais eu gosto. Porque se você pega o ódio de alguém, isso acaba com o seu dia, com seu mês ou ano. Foque nas coisas boas, nas pessoas que te querem bem. Viva o amor."
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'AMARELO'
Emicida, Pabllo e Majur lançaram em junho deste ano a música e clipe "Amarelo", que fala, dentre outros assuntos, sobre a depressão. O videoclipe começa com um áudio de uma pessoa próxima a Emicida que tentou o suicídio, e segue mostrando moradores de favelas alcançando seus sonhos, como um diploma.
"Quando você é pobre, não imagina que seus sonhos serão realizados. E quando você é pobre e negro, você não imagina que vai conseguir alcançar nada", disse Majur, ao lembrar de sua própria juventude.
"Sabemos que não temos voz na sociedade como pessoa negra e LGBT. É algo contra o qual lutamos há anos, e chegamos a um lugar que conseguimos falar para outras pessoas", continuou. "Nunca fez tanto sentido o 'ninguém solta a mão de ninguém', porque demos as mãos nessa música. Alcançou muito mais do que a gente poderia imaginar."