Blogueiro comenta o que seria dos famosos sem a exibição nas redes sociais; acompanhe
São as mesmas pessoas que, vire e mexe, protestam contra o que chamam de curiosidade invasiva de fãs e, principalmente, jornalistas.
Beijou?
Post. Casou? Post. Chorou? Post. Está sem fazer nada? Post. Tudo é
motivo para postar, especialmente no Instagram. A vida – verídica
ou fake – passou a ser compartilhada com milhares/milhões de
estranhos.
Famosos
de todos os segmentos – do galã de novela ao apresentador de
telejornal, da top model à cantora, do atleta ao locutor esportivo –
escancaram a privacidade voluntariamente.
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São as mesmas pessoas que, vire e mexe, protestam contra o que chamam de curiosidade invasiva de fãs e, principalmente, jornalistas.
Esse paradoxo não tem solução. Ambos os lados apresentam argumentos aceitáveis. O famoso quer ser uma ‘pessoa comum’ que divide seus momentos com os amigos on-line.
A mídia, que depende das celebridades para gerar manchetes atrativas ao mesmo tempo em que promove esses personagens, aproveita o material disponibilizado por eles para fazer audiência.
Há poucos dias, um âncora da Globo protagonizou uma polêmica ao postar fotos segurando panettones. Parecia uma ação de merchandising típica da internet.
Como os jornalistas de vídeo são proibidos pelo canal de fazer anúncios, ele apressou-se em esclarecer que não era um post pago. Para o fabricante do panettone, a repercussão não poderia ter sido melhor.
Antigamente, quando o povão queria saber algo a respeito de seus artistas favoritos, comprava revistas de fofocas. A maioria delas, ou fechou, ou enfrenta crise por conta da queda vertiginosa nas vendas.
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Com tamanha superexposição de intimidade em tempo real, acessada por um clique no celular, quem precisa ir até a banca para saber de mexericos velhos? Afinal, até a publicação ser imprensa, já estarão desatualizados.
Outra maneira de bisbilhotar a vida alheia de atores e afins é assistir a programas de TV especializados em fuxicos. Essas atrações resistem justamente por usar diariamente as redes sociais como matéria-prima para comentários e debates.
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O artista que resmunga em razão do uso de seus posts deve repensar o conceito de privacidade. Afinal, caiu na rede, é peixe. Ou melhor, postou na web, não se tem mais controle de nada. Já a imprensa precisa rever sua conduta: é relevante dar destaque a qualquer não-notícia postada por quem é famoso ou por aqueles que sonham com o estrelato?
Com informações de Blog Sala de TV.