“Titanic”: 20 anos depois, diretor explica porque Jack tinha que morrer
Cameron defendeu que o final do filme tinha que seguir uma linha artística já pré-definida
Em comemoração aos 20 anos do lançamento do clássico “Titanic”, que se completam em dezembro deste ano, o diretor James Cameron concedeu uma entrevista à Vanity Fair e respondeu a uma pergunta que intriga muitos fãs do filme até hoje: por que Jack (Leonardo DiCaprio) teve que morrer? Por que Rose (Kate Winslet) não deu espaço para ele na madeira?
E o cineasta foi direto ao ponto: “A resposta é muito simples, porque diz na página 147 [do roteiro] que Jack morre. Muito simples… Obviamente, era uma escolha artística, a coisa era apenas grande o suficiente para segurá-la, e não era grande o suficiente para segurá-lo… Acho meio bobo, de verdade, que as pessoas ainda tenham essa discussão 20 anos depois“, disse ele.
Cameron também defendeu que o final do filme tinha que seguir uma linha artística já pré-definida. “Mas isso mostra que o filme foi efetivo ao tornar Jack tão fascinante para o público, que fica decepcionado ao vê-lo morrer. Se ele tivesse vivido, o final do filme não teria sentido… O filme é sobre morte e separação; ele teve que morrer. Então, se fosse isso, ou se uma chaminé caísse sobre ele, ele iria morrer. Isso se chama arte, as coisas acontecem por razões artísticas, não por razões físicas“.
O cineasta ainda disse que se certificou de que a madeira não aguentaria os dois. “Eu estava na água com o pedaço de madeira colocando as pessoas sobre isso por cerca de dois dias obtendo a medida exata para que fosse flutuante o suficiente para uma pessoa livremente, para que Rose não estivesse imersa na água de 2 graus [°C] negativos e pudesse sobreviver durante as três horas que demorou até o barco de resgate chegar“.
“Titanic” foi um clássico do cinema, lançado em 1997, que venceu 11 Oscars e arrecadou mais de US$ 2,18 bilhões em bilheteria mundialmente.
Fonte: Hugo Gloss