Brasil Distrito Federal Mundo Esportes

Metrópoles

Entretenimento Celebridades Últimas notícias
TV Tambaú
Clube FM
26º
Domingo,
30 de Março
câmara federal

Câmara aprova projeto que proíbe escolas de recusarem matrícula sem justificativa

A medida tem como objetivo evitar a discriminação contra crianças e jovens, especialmente pessoas com deficiência, em escolas particulares

Por Carlos Rocha Publicado em
Sala de aula paraiba
Câmara aprova projeto que proíbe escolas de recusarem matrícula sem justificativa (Foto: Reprodução/Gov-PB)
ouça este conteúdo

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (11), o Projeto de Lei 9133/2017, que estabelece sanções para escolas que recusarem matrículas sem justificativa formal. A medida tem como objetivo evitar a discriminação contra crianças e jovens, especialmente pessoas com deficiência, em escolas particulares.

As penalidades previstas variam de advertência até a suspensão do credenciamento das instituições privadas junto ao Poder Público, o que pode impedir o funcionamento da escola.

O deputado Helder Salomão (PT-MG), autor do projeto, ressaltou que a proposta busca coibir práticas de exclusão. "Há estabelecimentos que negam matrícula pelo fato de a criança ter deficiência ou pertencer a um grupo cultural. Se a escola justificar a recusa, não haverá penalidade", explicou.

Na votação, o projeto recebeu o apoio de 297 parlamentares, enquanto 107 votaram contra. O texto segue agora para o Senado, onde também precisará ser aprovado para se tornar lei federal.

Parlamentares da oposição criticaram o projeto, argumentando que ele poderia impactar a autonomia das escolas privadas. O deputado Carlos Jordy (PL-RJ) afirmou que a medida deveria se restringir a crianças com deficiência e que "o texto atual pode impedir escolas de recusarem matrícula de pais inadimplentes".

Já para a maioria dos deputados, a proposta garante o direito fundamental à educação. O deputado Domingos Sávio (PL-MG) destacou que "a escola privada é uma concessão pública e deve seguir regras claras". A deputada Gisela Simona (União-MT) reforçou que o projeto protege especialmente crianças com deficiência e autismo, garantindo que "a recusa de matrícula seja justificada".

Se aprovado no Senado, o projeto poderá reforçar a inclusão e acessibilidade no ensino, evitando práticas discriminatórias em instituições privadas de educação.



Relacionadas
noscript