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Fortaleza recebe segundo voo com deportados dos Estados Unidos

Secretária de Direitos Humanos do Ceará, Socorro França, relatou que os deportados estavam em condições deploráveis

Por Redação T5 Publicado em
Deportados eua
Fortaleza recebe segundo voo com deportados dos Estados Unidos (Foto: Antônio Lima/Gov AM)
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Na tarde desta sexta-feira (7), Fortaleza (CE) recebeu o segundo voo com brasileiros deportados dos Estados Unidos (EUA). A cidade cearense, considerada a rota aérea mais próxima dos EUA, foi o destino final para 111 repatriados, incluindo homens, mulheres, crianças e adolescentes.

Os repatriados foram recebidos por autoridades do Itamaraty, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, da Polícia Federal (PF) e da Defensoria Pública da União. Devido à grande quantidade de deportados oriundos de Minas Gerais, foi organizado um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) com destino a Belo Horizonte (MG), para facilitar o deslocamento de parte dos repatriados até suas cidades de origem.

O defensor público-geral da União, Leonardo Cardoso de Magalhães, afirmou que todos os deportados terão assistência jurídica para regularizar documentos e retomar suas vidas no Brasil. "Muitos precisarão atualizar o CPF, tirar a carteira de trabalho digital, além de obter informações sobre benefícios previdenciários e assistenciais", explicou Magalhães. A Defensoria Pública se comprometeu a prestar orientações jurídicas para garantir que todos os deportados possam acessar seus direitos de forma rápida e eficiente.

A Secretária de Direitos Humanos do Ceará, Socorro França, relatou que os deportados estavam em condições deploráveis. Segundo França, muitos deles relataram ter sofrido com a falta de alimentação e com o abalo emocional causado pela prisão. "Eles estavam muito machucados emocionalmente... estavam presos, quase sem alimentos", contou. A secretária destacou que, ao desembarcarem, os deportados foram desalgemados e receberam alimentos, água, kits de higiene e o acolhimento necessário para um tratamento humanizado.

Com a intenção de evitar a repetição de episódios de violação de direitos humanos, como os registrados em 24 de janeiro, quando o primeiro voo com deportados chegou ao Brasil, o governo estadual preparou um esquema de recepção adequado. Naquela ocasião, os repatriados chegaram algemados e com os pés acorrentados, enfrentando dificuldades como problemas no ar-condicionado e a falta de banheiros durante o voo.

O segundo voo de repatriação, que teve origem na Louisiana, contou com o acompanhamento de diplomatas do Consulado-Geral do Brasil em Houston, no Texas, e fez uma breve escala em Porto Rico antes de seguir para Fortaleza, garantindo uma coordenação eficiente entre as autoridades brasileiras e americanas.



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