Investimento em educação cresce 50%, mas Brasil ainda fica atrás de países ricos
De 2013 a 2023, o valor passou de R$ 8,3 mil para R$ 12,5 mil, segundo o Anuário Brasileiro da Educação Básica
Nos últimos dez anos, o governo brasileiro aumentou em 50% o investimento por aluno na educação básica. De 2013 a 2023, o valor passou de R$ 8,3 mil para R$ 12,5 mil, segundo o Anuário Brasileiro da Educação Básica, da ONG Todos Pela Educação. No entanto, o Brasil ainda investe apenas um terço do valor destinado, em média, por países desenvolvidos da OCDE.
Na América Latina, o Brasil ocupa uma posição flutuante, ficando à frente do México (US$ 2,7 mil), mas atrás da Argentina (US$ 3,9 mil) e Chile (US$ 6,7 mil). Em países como Portugal e Estados Unidos, os investimentos são mais altos, chegando a US$ 10,5 mil e US$ 14,6 mil por aluno, respectivamente.
Os especialistas acreditam que o aumento no investimento é positivo, mas é necessário que os recursos sejam bem aplicados. Daniela Mendes, da ONG Todos Pela Educação, defende que é importante focar em iniciativas como o acesso à educação infantil e ao ensino integral para crianças em situação de vulnerabilidade.
O crescimento do investimento foi impulsionado pelo Fundeb, que aumentou a participação federal na educação básica. Até 2026, a contribuição do governo federal passará de 10% para 23% do total dos recursos destinados ao fundo.
