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2024 é confirmado como o ano mais quente da história no Brasil, diz Inmet

A temperatura média foi de 25,02°C, superando a marca de 2023 e configurando-se como o ano mais quente já registrado no país

Por Carlos Rocha Publicado em
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2024 é confirmado como o ano mais quente da história no Brasil, diz Inmet (Foto: Reprodução/Secom-Jundiaí)

O ano de 2024 registrou a maior média de temperatura no Brasil desde o início dos registros do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em 1961. A temperatura média foi de 25,02°C, superando a marca de 2023 e configurando-se como o ano mais quente já registrado no país.

O desvio médio de temperatura foi de 0,79°C, considerando a linha de base da série histórica de 1991 a 2020. Essa anomalia de temperatura representa uma variação acima da média e reflete tendências globais de aumento nas temperaturas devido às mudanças climáticas.

De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária, ao qual o Inmet é vinculado, os dados reforçam uma "tendência de aumento estatisticamente significativo das temperaturas ao longo dos anos", fenômeno atribuído ao aquecimento global e a mudanças ambientais locais.

Especialistas explicam que os recordes de calor podem ser atribuídos à combinação de mudanças climáticas com o fenômeno El Niño, que aquece os oceanos. A meteorologista Andrea Ramos destaca a importância do cálculo das anomalias climáticas, que considera dados de pelo menos 30 anos para identificar desvios de temperatura.

No cenário global, o ano de 2024 também foi confirmado como o mais quente da história moderna, de acordo com o Observatório Copernicus, da União Europeia. Os cientistas afirmam que as temperaturas atuais são as mais altas dos últimos 125 mil anos, baseando-se em análises de vestígios do ambiente pré-histórico.

O fenômeno La Niña, que poderia trazer algum alívio climático ao resfriar as águas do Pacífico, tem enfraquecido nos últimos anos, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM). No Brasil, a La Niña tende a redistribuir as chuvas, com aumento nas regiões Norte e Nordeste e redução no Sul e Centro-Oeste.



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