Dólar alcança recorde histórico e Banco Central realiza novos leilões
Com o câmbio volátil, BC investe mais de US$ 8 bilhões para tentar estabilizar o mercado e controlar o valor da moeda americana
O Banco Central do Brasil efetuou, nesta quinta-feira (19), dois leilões de dólares para tentar conter a disparada da moeda americana. O primeiro leilão foi concluído logo após a abertura do mercado, com US$ 3 bilhões à vista. Apesar dessa intervenção, a moeda continuou a se valorizar, atingindo o recorde de R$ 6,30 por volta das 10h10. Por volta das 10h, um segundo leilão de US$ 5 bilhões foi realizado, com o dólar operando abaixo dos R$ 6,20.
O movimento de intervenção do Banco Central ocorreu após o dólar ter fechado o mercado na quarta-feira (18) cotado a R$ 6,26, marcando a maior cotação nominal histórica. A alta do dólar foi influenciada pela indefinição sobre a votação do pacote fiscal na Câmara dos Deputados, que propõe cortes de gastos, além das perspectivas em relação ao Banco Central norte-americano, que indicou possibilidade de menores cortes de juros em 2024.
O Banco Central brasileiro havia sinalizado a realização de novos leilões em seu aviso de quarta-feira (18), determinando a venda de dólares logo após a abertura do mercado, por volta das 9h. A alta do dólar na quarta-feira (+2,82%) foi atribuída a esses fatores, além de possíveis efeitos negativos causados pela disseminação de fake news contra o futuro presidente do BC, Gabriel Galípolo.
Este é o quarto leilão promovido pelo Banco Central nos últimos dias, totalizando mais de US$ 15 bilhões leiloados até o momento. No último leilão, realizado na terça-feira (17), foram vendidos US$ 1,272 bilhão pela manhã e US$ 2,015 bilhões à tarde.