Verão e chuvas aceleram a proliferação do Aedes Aegypti e aumentam o risco de dengue no Brasil
A pesquisadora da Fiocruz, Claudia Codeço, explica que o calor acelera o desenvolvimento do mosquito e a reprodução do vírus, o que pode aumentar os casos de doenças
Com o verão se aproximando, as altas temperaturas e as chuvas mais intensas criam um ambiente favorável para a prevenção do Aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya. A pesquisadora da Fiocruz, Claudia Codeço, explica que o calor acelera o desenvolvimento do mosquito e a reprodução do vírus, o que pode aumentar os casos de doenças.
No último verão, o Brasil enfrentou uma epidemia de dengue sem precedentes, com 6,5 milhões de casos prováveis e 5.536 mortes até outubro. O aumento de casos foi 400% maior do que em 2023. Claudia Codeço alerta que, embora a população esteja parcialmente imunizada contra os tipos mais comuns do vírus, o tipo 3 da dengue ainda circula em algumas regiões, o que pode afetar a dinâmica da doença neste verão.
O Distrito Federal, que teve a maior incidência de dengue nos primeiros meses de 2024, registrou 161.299 casos até abril, número quatro vezes maior do que em 2023. Apesar da queda no número de casos recentes, os casos de dengue estão crescendo gradualmente no mês de novembro. A boa notícia é que o Brasil está mais preparado para o combate, com ações de vigilância e capacitação nos municípios.
A Secretaria de Saúde do DF tem intensificado o combate ao mosquito com tecnologias como borrifação de larvicida e o uso de carros fumacê, além de visitas diárias a 5 mil imóveis. A população também deve colaborar eliminando focos de água parada. A vacina contra a dengue ainda não está amplamente disponível, por isso os cuidados básicos continuam sendo a principal medida preventiva.
