Eduardo Bolsonaro diz que tentativa de golpe de estado "não foi crime"
Deputado criticou prisão de militares em operação da PF realizada nesta terça (19)
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) afirmou, nesta terça-feira (19), em conversa com jornalistas, que o plano traçado para aplicar um golpe de estado no Brasil, não foi um crime.
O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro argumentou que, pelas ações não terem sido aplicadas, não houve descumprimento da lei. Eduardo Bolsonaro também questionou a prisão de quatro militares e um policial federal que planejavam as ações para impedir a posse do governo eleito. O caso está sob investigação da Polícia Federal (PF).
“Se eu falar o seguinte: eu vou ali que eu vou acabar com o fulaninho de tal. Isso é crime? O crime, só existe a tentativa de um crime, quando se inicia a execução”, defendeu. “Se ele tivesse começado a atirar, e esfaquear, a explodir alguém, e por circunstâncias alheias à vontade dele, e esse crime tivesse se consumado, a gente teria a tentativa de homicídio”, declarou em outro momento.
A tentativa de golpe
A Polícia Federal deflagou, nesta terça (19), uma operação para prender membros do exército, da Polícia Militar e da própria PF, suspeitos de integrar um grupo que planejava aplicar um golpe de estado no Brasil em 2022, além de assassinar o presidente Lula (PT), o vice, Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
As prisões foram realizadas após decisão do ministro Alexandre de Moraes. São eles: tenente-coronel Hélio Ferreira de Lima, que, em seu currículo nas redes sociais, cita participação no curso de operações especiais do Exército; general da reserva Mário Fernandes, que ocupou cargos na Secretaria-Geral da Presidência da República; tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira; policial federal Wladimir Matos Soares; oficial Rodrigo Bezerra Azevedo, que, em seu currículo nas redes sociais, ele também cita participação no curso de operações especiais do Exército.