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Cerca de 24% dos adultos brasileiros são obesos, aponta estudo

A faixa etária mais afetada são os homens entre 45 e 54 anos, nos quais o índice chega a 32,6%, ou praticamente 1 em cada 3

Por Carlos Rocha Publicado em
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Cerca de 24% dos adultos brasileiros são obesos, aponta estudo (Foto: Gerada com Ideogram)

Um estudo publicado recentemente na revista científica The Lancet, com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), revela que mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo vivem com obesidade. No Brasil, a situação é igualmente preocupante: segundo a análise da Vigilância de Fatores de Risco de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2023, realizada pelo Ministério da Saúde, 1 em cada 4 adultos brasileiros é obeso.

De acordo com o estudo, cerca de 24,3% dos adultos no Brasil apresentam obesidade. A faixa etária mais afetada são os homens entre 45 e 54 anos, nos quais o índice chega a 32,6%, ou praticamente 1 em cada 3. Por outro lado, a menor proporção é registrada entre mulheres de 18 a 24 anos, onde 11,8% (ou 1 a cada 10) são obesas. Apesar de a distribuição de novos casos ser semelhante entre homens e mulheres, a pesquisa estima que 64% das mortes relacionadas à obesidade devem ocorrer entre homens até 2044.

Para a coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, Cláudia Mara Mognato, a obesidade representa riscos elevados à saúde, podendo levar ao aumento do colesterol, problemas cardiovasculares e desencadear outras doenças crônicas, como a diabetes. “Os dados de obesidade estão a cada dia mais alarmantes Brasil afora. Caso esse problema se prolongue, pode causar o aumento do risco de hipertensão, acidente vascular cerebral (AVC) e diabetes”, destaca.

A especialista alerta também para problemas como o desgaste nas articulações, ocasionado pelo excesso de peso, que pode levar a artrite e outros distúrbios respiratórios, como a apneia do sono. Além disso, o risco de desenvolver vários tipos de câncer, incluindo os de mama, cólon e endométrio, também é elevado em pessoas obesas. Os impactos não se limitam à saúde física, afetando também o bem-estar mental, com riscos de depressão, ansiedade e baixa autoestima. “A obesidade não traz apenas malefícios físicos, mas também pode causar danos à saúde mental. Quem sofre com a condição deve procurar um profissional da saúde para evitar maiores prejuízos e promover uma melhor qualidade de vida”, afirma Cláudia Mara.

Para enfrentar a obesidade, a especialista recomenda a adoção de hábitos saudáveis, que incluem uma alimentação equilibrada, rica em frutas, vegetais e grãos integrais, além de limitar o consumo de açúcares. Também é essencial manter uma rotina de atividades físicas regulares. “O recomendado é que todo adulto realize pelo menos 150 minutos de atividade física por semana, incluindo exercícios aeróbicos, musculação e atividades de flexibilidade. É importante beber água ao longo do dia e reduzir o consumo de bebidas açucaradas. No entanto, o ideal é buscar o apoio de um especialista, pois cada pessoa tem necessidades diferentes”, conclui a profissional.



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