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NOVO DESDOBRAMENTO

X indica advogados, Moraes questiona e dá prazo de 24 horas para rede comprovar representação

Ministro do STF reagiu ao funcionamento do antigo Twitter em alguns computadores no Brasil

Por SBT News Publicado em
Ministro estava retornando de uma palestra realizada na Universidade de Siena, na Itália
Ministro do STF reagiu ao funcionamento do antigo Twitter em alguns computadores no Brasil (Foto: Agência Brasil)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), intimou, nesta quinta-feira (19), os advogados apontados como representantes do X (antigo Twitter) no Brasil.

André Zonaro Giacchetta e Sérgio Rosenthal foram indicados, nos autos, como responsáveis pela defesa da empresa do bilionário Elon Musk nos processos contra a rede social na justiça brasileira.

Moraes estabeleceu prazo de 24 horas para os advogados apresentarem documentos comprovando o vínculo. De acordo com o ministro, o X não forneceu "nenhuma comprovação do retorno das atividades" da empresa – "nem tampouco da regularidade da constituição de seus novos representantes legais ou mesmo de seus novos advogados".

A ausência de um representante legal no Brasil foi um dos motivos apontados por Moraes na decisão de suspender a rede social no país.

Multa de R$ 5 milhões

Mais cedo, Moraes determinou que o X , em âmbito nacional e internacional, suspenda o uso de servidores em nuvem que foram capazes de retornar o uso da rede social no país sob pena de multa diária no valor de R$ 5 milhões. Também, que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) “adote, imediatamente, todas as providências necessárias à concretização e manutenção da suspensão”.

Segundo Moraes, não restam dúvidas de que a plataforma, sobretudo seu maior acionista, Elon Musk, pretende “desrespeitar o Poder Judiciário brasileiro” em uma “estratégia utilizada para desobedecer a ordem judicial”. O magistrado, assim, entendeu que, após parecer da Anatel, houve tentativa do ex-Twitter de desrespeitar a decisão já referendada pela primeira turma da Corte Suprema.

Para além, que se intime a Starlink, empresa de internet via satélite também sob as ordens de Musk, do cumprimento da multa. O que pode levar novamente a empresa a arcar com a "dívida" de sua "irmã". A decisão foi publicada como um "edital de intimação", já que o X não tem representante legal no Brasil — fonte de todo imbróglio —, onde o magistrado avalia que houve "dolosa, ilícita e persistente recalcitrância [resistência] da plataforma X no cumprimento de ordens judiciais".



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