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Aumentam internações por Covid em idosos, diz Fiocruz

As regiões mais afetadas por esse aumento incluem Amazonas, São Paulo e alguns estados do Nordeste

Por Carlos Rocha Publicado em
Paraíba registra três mortes e 56 novos casos de Covid-19 nas últimas 24h
Aumentam internações por Covid em idosos, diz Fiocruz (Foto: Carlos Rocha)

O Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta sexta-feira (2), aponta um aumento nas hospitalizações de idosos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) causada pelo vírus da Covid-19. As regiões mais afetadas por esse aumento incluem Amazonas, São Paulo e alguns estados do Nordeste.

Apesar do cenário preocupante, o boletim ressalta que as internações por Covid-19 ainda estão em patamares baixos quando comparadas ao histórico de circulação do vírus. Em alguns estados do Sul e Sudeste, também houve um aumento de Srag em idosos causada pelo vírus da gripe, influenza A.

O boletim revela que o vírus da Covid-19 tem maior incidência em crianças pequenas, porém, a mortalidade é maior entre pessoas com mais de 65 anos. O Sars-CoV-2 é a segunda maior causa de óbito por Srag nessa faixa etária, ficando atrás apenas do vírus da gripe.

As internações pelo vírus sincicial respiratório (VSR) em crianças de até dois anos pararam de aumentar ou reduziram em várias regiões do país. No entanto, em Santa Catarina e Roraima, esses números continuam a subir. O VSR permanece como a principal causa de internação e óbitos em crianças dessa faixa etária. Na Bahia e no Piauí, o aumento de casos de Srag em crianças e adolescentes é impulsionado pelo rinovírus.

O VSR é o principal agente causador de bronquiolite em bebês, uma doença respiratória comum e altamente contagiosa, cujos principais sintomas são tosse e falta de ar. Em geral, os casos são leves, mas podem resultar em internações hospitalares.

Tendências Nacionais e Regionais

O boletim aponta que, tanto a longo prazo (últimas seis semanas) quanto a curto prazo (últimas três semanas), a tendência nacional é de queda nas internações por Srag. Contudo, três das 27 unidades federativas apresentam crescimento de Srag na tendência de longo prazo: Bahia, Piauí e Roraima.

Em 2024, foram notificados 104.734 casos de Srag, dos quais 51.108 (48,8%) foram positivos, 40.247 (38,4%) negativos e 7.555 (7,2%) ainda aguardam resultado laboratorial. Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de Influenza A (21,9%), Influenza B (1,1%), VSR (33,1%) e Sars-CoV-2 (11,7%). Em relação aos óbitos por Srag, a prevalência foi de Influenza A (38,6%), Covid-19 (27,8%), VSR (13,3%) e Influenza B (1,7%).



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