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Maduro diz que 1.200 manifestantes foram presos em protestos na Venezuela

Segundo o presidente venezuelano, os detidos serão enviados para a prisão de segurança máxima Tocorón

Por SBT News Publicado em
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Nicolás Maduro, presidente da Venezuela (Foto: Reprodução)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que 1.200 pessoas foram detidas nas manifestações contra o resultado das eleições do último domingo (28). Em discurso para apoiadores, ele prometeu enviá-las para prisões de segurança máxima.

"Vou colocar todos em Tocorón, em prisões de segurança máxima, para que paguem seus crimes perante o povo", afirmou.

"Porque os criminosos que ameaçaram o povo, os criminosos que atacaram hospitais, estações de metrô, postos policiais, que atacaram casas, que atacaram os armazéns dos CLAP (Comitês Locais de Abastecimento e Produção), todos, nós estamos capturando", completou.

Eleição sob questionamento

A suspeita de irregularidades nas eleições e a demora do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela em liberar as atas eleitorais que confirmariam a reeleição de Maduro com 52,21% dos votos, ante 44,2% de Edmundo González Urrutia, provocou uma onda de violência no país e o questionamento da comunidade internacional.

Nessa quinta-feira (1º), os Estados Unidos subiram o tom e, após afirmarem que a "paciência estava se esgotando", declararam González vencedor da eleição. O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, chegou a afirmar que pediria ao Tribunal Penal Internacional (TPI), com sede em Haia, a prisão de Maduro.

As declarações foram descartadas pelo procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab. Saab chamou Almagro de fantoche da CIA e dos Estados Unidos.

Já nesta sexta (2), o Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela convocou os candidatos presidenciais para participarem de uma auditoria das eleições. Ao todo, 10 políticos estarão presentes no encontro, incluindo Maduro e González. A verificação do resultado do pleito foi solicitada pelo presidente.



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