Braskem é condenada por Tribunal da Holanda a indenizar vítimas em Maceió
Em 2018, mais de 14 mil imóveis tiveram que ser evacuados por danos estruturais provocados pela mineração de sal-gema
A Braskem foi condenada a indenizar nove vítimas do afundamento do solo, em Maceió (AL), provocado pela extração de sal-gema. Em dezembro de 2023, uma mina se rompeu, causando prejuízo a centenas de moradores.
A ação, apesar de individual, poderá servir de base para outros processos. Na decisão, o tribunal holandês não estipulou um valor a ser pago às vítimas, mas determinou que as partes entrem em acordo para o pagamento da indenização. A petroquímica ainda pode recorrer da decisão.
A Braskem disse que tomou conhecimento da decisão e, em nota, afirma que já foram pagos valores superiores a R$ 4 bilhões em indenizações. Segundo a empresa os nove autores da ação já receberam proposta de compensação financeira.
Afundamento do solo
Em 2018, um abalo sísmico de 2,4 pontos na escala Richter evidenciou os primeiros danos estruturais na cidade por causa da mineração. Mais de 14 mil imóveis tiveram que ser evacuados nos bairros do Bebedouro, Bom Parto, Farol, Mutange e Pinheiro.
Em 2019, a Braskem interrompeu a mineração do sal-gema, após a atividade ter sido apontada como responsável pela instabilidade no solo. Em 2021, a empresa voltou a operar.
Em 2023, a petroquímica anunciou que a mina nº 18, das 35 no total, havia se rompido. Após um alerta da Defesa Civil, centenas de famílias tiveram que deixar suas residências devido ao risco de desabamento.
