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Nordeste está entre as áreas ameaçadas: Nasa prevê inabitabilidade por calor extremo em 50 Anos

Estudo destaca que a umidade do ar, aliada a temperaturas elevadas, pode aumentar significativamente a sensação térmica

Por Redação T5 Publicado em
Especialistas da NASA preveem que a temperatura pode aumentar ainda mais em 2024
Além do Brasil, outras regiões do mundo também estão em risco (Foto: Reprodução / Freepik)

A Nasa divulgou um estudo alarmante que aponta para a possibilidade de algumas regiões do Brasil se tornarem inabitáveis dentro de 50 anos devido ao aquecimento global.

Segundo a pesquisa, até 2074, áreas dos estados do Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sudeste brasileiros podem estar entre os cinco locais do planeta onde a sobrevivência humana se tornará impossível.

A pesquisa liderada por Colin Raymond do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa foi publicada na revista científica Science Advances. O estudo analisou extremos de calor e umidade utilizando imagens de satélite e projeções de temperatura de bulbo úmido para avaliar o conforto térmico e a umidade do ar.

O estudo destaca que a umidade do ar, aliada a temperaturas elevadas, pode aumentar significativamente a sensação térmica. Em condições onde a temperatura atinge ou supera 37ºC com mais de 70% de umidade, a saúde humana pode ser gravemente comprometida.

A pesquisa revela que mesmo uma pessoa saudável pode enfrentar riscos fatais se exposta a uma temperatura de bulbo úmido acima de 35ºC por mais de seis horas, o que corresponderia a 45ºC com 50% de umidade e uma sensação térmica de 71ºC.

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Se as emissões dos gases do efeito estufa continuarem em ritmo acelerado, a frequência e severidade das ondas de calor deverão aumentar (Foto: Reprodução/ Twitter)

Além do Brasil, outras regiões do mundo também estão em risco. O sul da Ásia, partes da China, o Sudeste Asiático, o Golfo Pérsico e o Mar Vermelho são mencionados como áreas que podem enfrentar condições insustentáveis para a vida humana.

No Hemisfério Norte, ondas de calor já afetam estados dos EUA, enquanto no Hemisfério Sul, o inverno não tem sido suficiente para impedir que as temperaturas superem 35ºC em cidades de regiões como o Centro-Oeste e o Nordeste do Brasil.

A Nasa atribui o aumento das temperaturas e a intensificação das ondas de calor aos gases do efeito estufa. Se as emissões desses gases continuarem em ritmo acelerado, a frequência e severidade das ondas de calor deverão aumentar.

O estudo enfatiza que já existem regiões, como o Golfo Pérsico e o Paquistão, onde essas condições extremas são observadas, e a tendência é que essas condições se tornem mais comuns nas próximas décadas.



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