Vacina nacional contra Covid-19 está em estágio avançado, diz ministra
Em visita às obras do Centro Nacional de Vacina, em Belo Horizonte (MG), Luciana Santos prevê que a última fase de testes deve começar ainda este ano
Em visita às obras do Centro Nacional de Vacinas (CNVacinas), no Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC), em Minas Gerais, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, disse que a primeira vacina 100% brasileira para a Covid-19, denominada SpiN-TEC, á está em fase avançada de desenvolvimento.
Com investimentos de R$ 137 milhões destinados a pesquisa, segundo a ministra do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a última fase para produção do imunizante, os testes clínicos, deve começar ainda este ano.
“A Universidade Federal de Minas Gerais [que engloba o BH-TEC em seu campus] e o CNVacinas já estão numa fase mais avançada da vacina contra a Covid-19”, disse.
O centro será um complexo nacional usado para a fabricação de insumos farmacêuticos, sendo capaz de executar todas as etapas para o desenvolvimento de vacinas.
Dispensando assim a compra das substâncias (também conhecidas como IFA) de mercados internacionais — como acontece para a produção da CoronaVac, por exemplo.
“O CT Vacinas tem uma importância estratégica para o país, porque aqui nós tratamos de pesquisas e desenvolvimento para vacinas, para novos fármacos, para insumos farmacêuticos ativos”, destacou a ministra.
Além da Spin-Tec, outros estudos estão em andamento, como os imunizantes para a malária e para Doença de Chagas que estão na fase pré-clínica, entres outros estudos que estão sendo realizados no local. As obras devem ser finalizadas em 2026.
O que é a vacina SpiN-TEC
A SpiN-TEC é a primeira vacina contra a COVID desenvolvida inteiramente no Brasil e o primeiro imunizante 100% nacional a alcançar a etapa de testes clínicos, onde se estuda a resposta imunológica do ser humano ao vírus.
A fase anterior, de testes pré-clínicos em células e animais, foi concluída no mês passado.
Estes resultados serão enviados para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, que decidirá sobre a aprovação para a última etapa.