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Servidores ambientais anunciam fim da greve após determinação do STJ

A greve foi iniciada em 24 de junho após uma assembleia realizada no dia 13

Por Carlos Rocha Publicado em
Servidores ambientais paraiba
Servidores ambientais anunciam fim da greve após determinação do STJ (Foto: Reprodução/ Instagram)

Nesta sexta-feira (5), os servidores federais da área ambiental informaram que vão cumprir a ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que determinou a suspensão da greve da categoria e o retorno integral aos trabalhos. A decisão foi tomada pelo vice-presidente do STJ, ministro Og Fernandes, a pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), e estabelece uma multa diária de R$ 200 mil em caso de descumprimento.

A greve foi iniciada em 24 de junho após uma assembleia realizada no dia 13. Na Paraíba, o movimento foi informado pela Associação dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente e PECMA. O movimento fazia parte de uma mobilização nacional dos servidores públicos federais, que reivindicam a reestruturação da carreira (CEMA e PECMA) e a recomposição salarial.

O Ministério da Gestão e Inovação no Serviço Público (MGI) havia informado que o Governo chegou ao limite orçamentário do que poderia oferecer e que o prazo para negociações estava esgotado. A decisão do STJ considera as atividades dos servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) como essenciais, e não pode ser interrompida em nenhum grau.

A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) e a Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema) divulgaram uma nota conjunta afirmando que assembleias extraordinárias serão realizadas para garantir o cumprimento da decisão judicial. Apesar disso, as entidades recorrerão da decisão, enfatizando que o cumprimento não significa aceitação e que apenas as áreas específicas determinadas pela decisão judicial retornarão às atividades, enquanto os demais servidores continuarão em greve.

A decisão de Og Fernandes tem caráter liminar (provisório) e não declarou a abusividade da greve, questão que será julgada pelo ministro Paulo Sérgio Domingues no futuro. A Condsef/Fenadsef e a Ascema Nacional consideram a multa como uma afronta ao direito de greve dos servidores e afirmam que a luta continua para reabrir as negociações.

Em 1º de julho, a AGU argumentou que a greve seria abusiva devido a uma proposta anterior de reajuste real nos salários dos servidores. A AGU também alegou que a gestão ambiental de unidades de conservação estava sendo comprometida, um ponto crítico dado o caráter essencial da proteção ao meio ambiente. A greve afetou unidades em 25 estados e no Distrito Federal.

A greve foi aprovada com a manutenção de 10% dos servidores nos serviços de licenciamento ambiental e 100% do atendimento a emergências em unidades de conservação, além da continuidade integral dos trabalhos de combate ao fogo por brigadistas e supervisores contratados.



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