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Alicia Dudy

Aluna da USP que desviou R$ 1 milhão de colegas é condenada a 5 anos de prisão

Pena foi fixada em cinco anos de prisão, mas ela ainda pode recorrer; relembre o caso

Por SBT News Publicado em
Estudante da usp
Alicia Dudy também deve pagar indenização às vítimas (Foto: Reprodução/SBT Brasil)

A Justiça de São Paulo anunciou, nesta terça-feira (2), a condenação por estelionato de Alicia Dudy Muller Veiga, de 25 anos, acusada de desviar quase R$ 1 milhão do fundo de formatura de colegas da USP (Universidade de São Paulo) em 2023. A decisão foi de pena fixada em cinco anos de prisão, porém, ainda cabe recurso.

Nos autos, o juiz Paulo Eduardo Balbone Costa, da 7ª Vara Criminal da Capital, determinou o pagamento de indenização às vítimas no mesmo valor do prejuízo causado.

O magistrado ainda reiterou que Alicia se aproveitou da condição de presidente da comissão de formatura, para exigir da empresa organizadora da festa que os pagamentos dos alunos fossem transferidos para uma conta bancária de sua titularidade. Ela teria omitido isso aos colegas, o que indica uma má conduta.

"A ré se prevaleceu de sua condição de presidente da comissão de formatura para engendrar um plano destinado a se apossar do produto arrecadado ao longo de meses, com a contribuição de dezenas de colegas, a fim de obter lucro para si com a aplicação especulativa daquele capital. Traiu a confiança de seus pares, desviando recursos que pertenciam aos colegas de turma (o que revela maior opróbio do que a prática de estelionato contra vítima a quem não se conhece), quando as vítimas não atuavam movidas pela própria cupidez", apontou o magistrado.

O SBT News entrou em contato com o advogado de Alicia, Sergio Ricardo Stocco, que informou ter recebido a sentença e que vai se posicionar após a leitura. O espaço segue aberto para manifestação da defesa.

Relembre o caso

A aluna da USP, Alicia Dudy Muller Veiga, foi acusada de desviar quase R$ 1 milhão do fundo de formatura de colegas da Universidade de São Paulo (USP) em 2023. A estudante era presidente da comissão que organizaria o evento e nunca registrou um estatuto elaborado pelos estudantes, que obrigava a assinatura prévia dela, do vice-presidente, do tesoureiro, além de, no mínimo, mais dois membros da comissão, autorizando qualquer transferência bancária para as respectivas contas pessoais.

O promotor responsável pela denúncia, Fabiano Pavan Severiano, traçou uma linha cronológica das ações de Alicia. De acordo com o documento, no dia 17 de novembro de 2021 a estudante entrou em contato com a empresa responsável pela festa de formatura, A. S. Formaturas, solicitando a transferência de todo o dinheiro disponível naquele momento. A operação bancária aconteceu, com consentimento dos alunos, no dia 25 do mesmo mês.

Além disso, o ofício traz todas as transferências que foram realizadas ao longo de 2022 para o nome da golpista. Já nesse caso, a estudante começou a ocultar de seus colegas que continuava a receber os valores da empresa, além de estar usando o dinheiro em benefício próprio.

Ela ainda tentou resgatar mais dinheiro em 2023, mas não obteve sucesso, pois as vítimas já haviam descoberto o golpe. Antes, Alicia foi indiciada pela Polícia Civil por apropriação indébita, mas o Ministério Público não concordou com a prisão da jovem neste termo legal e pediu que o inquérito retornasse à delegacia.



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