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Economia

Cresce o número de pessoas que conseguiram sair da lista de negativados no Brasil

Pesquisa realizada pelo CNDL e o SPC Brasil aponta que as pessoas levaram de 1 a 3 anos para se livrar das dívidas.

Por Cristiano Sacramento Publicado em
Contas contas contas
Falta de planejamento é um dos fatores que causam o endividamento

Um levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) sinaliza que nos 12 meses encerrados em maio de 2024, houve crescimento de 4,16% no número de consumidores brasileiros que conseguiram sair das listas de negativados. As pessoas com dívidas e nomes negativados que conseguiram 'sair do aperto' levaram, em média, de 1 a 3 anos (28,48%) para efetuar o pagamento de todas suas dívidas.

O Indicador de Recuperação de Crédito de Pessoas Físicas do SPC Brasil mostra a evolução do número de consumidores que deixaram os cadastros de inadimplentes por terem realizado o pagamento das suas dívidas em atraso.

Os dados levam em consideração as informações de saídas de CPFs das bases às quais o SPC Brasil tem acesso. Em conjunto com os dados de reincidência, esses dados permitem melhor monitoramento da inadimplência no país, que atinge cerca de 41,79% da população adulta.

Reincidência

Com relação a negativação, a fatia de 84,82% das pessoas negativadas são reincidentes. Isso quer dizer que este grupo já estava registrado no cadastro de inadimplentes antes dos últimos 12 meses. A sinalização é de que muitos deles já buscam acordos e negociações para sair da negativação, mas após alguns meses eles retornam para a lista.

O estudo ainda frisa que: “considerando o universo de devedores reincidentes, 60,96% foram de consumidores que ainda não tinham pagado dívidas antigas até maio; e 23,86% tinham saído do cadastro de devedores nos últimos 12 meses, mas retornaram. O restante, 15,18%, não esteve com restrições no CPF ao longo dos últimos 12 meses e, por isso, não foram considerados reincidentes”.

O indicador esclarece que o tempo médio entre o vencimento de uma dívida para outra é de 76,1 dias. Isso implica dizer que depois de 2,5 meses (em média) após acordo, o consumidor volta a atrasar o pagamento de uma segunda conta.

José César da Costa, presidente da CNDL, declarou que negativação também resulta da falta de planejamento no tocante ao pagamento. “A negativação de um consumidor dificilmente é um evento isolado. Em alguns casos, pode até decorrer de um eventual esquecimento ou de um desajuste pontual. Mas, com maior frequência, reflete problemas mais sérios, que perduram por tempos. É comum, assim, que após uma negativação se sucedam outras. Por isso, é importante que o consumidor faça um levantamento total das suas dívidas e uma programação realista de pagamento antes de buscar uma negociação”, concluiu.



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