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STF retoma julgamento sobre descriminalização do porte de drogas nesta quinta-feira (20)

A análise do caso, interrompida em março deste ano por um pedido de vista do ministro Dias Toffoli

Por Carlos Rocha Publicado em
STF EBC
STF retoma julgamento sobre descriminalização do porte de drogas nesta quinta-feira (20) (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Nesta quinta-feira (20), o Supremo Tribunal Federal (STF) retomará o julgamento que pode mudar o cenário legal do porte de drogas no Brasil. A análise do caso, interrompida em março deste ano por um pedido de vista do ministro Dias Toffoli, já conta com um placar preliminar de 5 votos a 3 a favor da descriminalização do porte de maconha para uso pessoal.

Até o momento, os votos indicam uma maioria favorável à fixação de uma quantidade específica de maconha para caracterizar o uso pessoal, em vez de tráfico de drogas. As quantidades sugeridas variam entre 25 e 60 gramas ou seis plantas fêmeas de cannabis. A quantidade exata será definida ao término do julgamento.

O julgamento avalia a constitucionalidade do Artigo 28 da Lei das Drogas (Lei 11.343/2006), que criou uma distinção entre usuário e traficante, aplicando penas mais brandas para os primeiros. A lei prevê penas alternativas, como prestação de serviços à comunidade, advertência sobre os efeitos das drogas e comparecimento obrigatório a curso educativo para quem adquirir, transportar ou portar drogas para consumo pessoal. Embora a pena de prisão tenha sido eliminada para usuários, a criminalização foi mantida, sujeitando-os a inquéritos policiais e processos judiciais.

O caso que motivou o julgamento envolve a defesa de um condenado por portar 3 gramas de maconha, pedindo que tal ato deixe de ser considerado crime. Se o STF decidir pela descriminalização, haverá um marco significativo na legislação sobre drogas no Brasil, potencialmente mudando a abordagem de autoridades e do sistema judicial sobre o porte de drogas para uso pessoal.

O desfecho deste julgamento é aguardado com grande expectativa, pois pode impactar milhares de casos similares no país, redefinindo as fronteiras entre uso pessoal e tráfico de drogas.



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