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Mulheres são a maioria das vítimas em casos de violência contra idosos

Os dados avaliados estão no painel desenvolvido recentemente pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).

Por Cristiano Sacramento Publicado em
MULHERES VITIMAS VIOLENCIA DOMESTICA
Especialista aponta crescimento dos registros a cerca deste tipo de crime (Foto: Rafa Neddermeyer / Agência Brasil)

Conforme o Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, as mulheres são as principais vítimas em casos de violência contra idosos. As agressões têm aumentado, denotando o caminho a ser percorrido no tocante ao enfrentamento. Só no Rio de Janeiro, de janeiro de 2020 a junho de 2024, cerca de 70% das 13.927 vítimas são do sexo feminino. Neste sábado (15), inclusive, celebra-se o Dia Mundial da Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa.

Os dados avaliados estão no painel desenvolvido recentemente pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), para acompanhamento do cenário da violência contra a pessoa idosa no estado carioca.

Segundo Alessandra Camacho, da Escola de Enfermagem da Universidade Federal Fluminense (UFF), uma curva no aumento de registros está sinalizada pela diminuição do medo da população em denunciar.

Os principais tipos de violência identificados foram: negligência (4.895), violência psicológica (2.855) e abuso financeiro (2.385).

Em tempo

Os dados da última pesquisa do Atlas da Violência, realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), denota que entre os anos de 2011 e 2021, houve um aumento de mais de 300% nos casos de denúncia de violência contra idosos. 

Atualmente, o Brasil tem cerca de 32 milhões de idosos, o que significa cerca de 15% da população total do país. É no momento mais vulnerável da vida, que essas pessoas se deparam com violações de seus direitos e o Estatuto do Idoso, criado em 2003, é um instrumento importante para garantir segurança a pessoas mais velhas.

O advogado Romulo Palitot sinaliza que o Estatuto do Idoso é um avanço na defesa da sociedade. “A legislação estabelecida pelo Estatuto do Idoso deu a pessoas com 60 anos ou mais garantias de proteção importantíssimas, que refletem o respeito que toda a sociedade deve ter por quem tanto contribuiu durante a vida”. 



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