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Dia Mundial do Meio Ambiente: desertificação intensifica seca no Nordeste brasileiro

"Restauração de terras, desertificação e resiliência à seca" é o tema oficial do Dia Mundial do Meio Ambiente de 2024

Por SBT News Publicado em
Solo tem sofrido as consequências das ações humanas
Solo tem sofrido as consequências das ações humanas (Foto: Arquivo Agência Brasil)

O Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado nesta quarta-feira (5), tem como tema neste ano a "restauração de terras, desertificação e resiliência à seca", problema que agrava as secas no Brasil.

Uma pesquisa da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), feita entre 2004 e 2022, mostra que as regiões desérticas estão intensificando a falta de chuvas no Semiárido do Nordeste brasileiro, causando cada vez mais perda do bioma.

Neste ano, o governo federal retomou a Comissão Nacional de Combate à Desertificação (CNCD), com o objetivo de estabelecer estratégias e promover articulação entre as ações das políticas públicas. A principal meta é a implementação da Política Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca, compromisso firmado na Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação.

"A humanidade depende da terra. No entanto, em todo o mundo, uma combinação tóxica de poluição, caos climático e destruição da biodiversidade está transformando terras saudáveis em desertos e ecossistemas prósperos em zonas mortas. Estão aniquilando florestas e pastagens, e drenando a capacidade da terra de sustentar ecossistemas, agricultura e comunidades", afirmou António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

De acordo com a ONU, a desertificação afeta mais de 3 bilhões de pessoas no mundo. "Prejudica desproporcionalmente aqueles que são menos capazes de fazer algo a respeito: comunidades rurais, pequenos agricultores e os extremamente pobres", diz Johan Robinson, diretor do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

Para a ONU, a solução passa pela restauração de ecossistemas e terras degradadas.

"Eles devem usar seus novos planos nacionais de ação climática para estabelecer como irão deter e reverter o desmatamento até 2030. E precisamos aumentar drasticamente o financiamento para apoiar os países em desenvolvimento a se adaptarem a condições climáticas violentas, proteger a natureza e apoiar o desenvolvimento sustentável", diz Guterres.



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