STF julga a partir de sexta (31) proibição de linguagem neutra em escolas
Plenário virtual decidirá se mantém ou não liminar de Alexandre de Moraes que suspendeu leis de duas cidades a pedido de associações LGBTQIAP+
O Supremo Tribunal Federal (STF) julga, a partir desta sexta-feira (31), duas ações que envolvem o uso de linguagem neutra em escolas. O julgamento ocorrerá em plenário virtual. Os ministros decidirão se mantêm ou não liminares de Alexandre de Moraes que atenderam a pedidos de associações LGBTQIAP+.
Serão analisadas duas Arguições de Descumprimento de Preceito Fundamental. A ADPF 1150 questiona uma lei do município de Águas Lindas (GO) que proibiu o uso de linguagem neutra em escolas públicas e privadas, documentos oficiais de instituições de ensino, ações culturais, eventos esportivos e concursos públicos. Já a ADPF 1155 questiona outra lei com praticamente as mesmas proibições, porém do município de Ibirité (MG).
As duas ADPFs foram protocoladas pela Aliança Nacional LGBTI+ (ALIANÇA) e pela Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas (ABRAFH). As entidades pediram, em caráter liminar, a suspensão urgente dos dispositivos. E solicitaram, no mérito, a declaração de inconstitucionalidade das leis.
Municípios não podem legislar sobre o tema
Alexandre de Moraes, o relator das ações, atendeu aos pedidos de liminar. Segundo o ministro, municípios não podem legislar sobre diretrizes e bases da educação, competência restrita da União. Moraes submeteu ao plenário virtual do STF o chamado “referendo da liminar”. Os demais ministros têm até as 23h59 do dia 10 de junho para votar, concordando ou não com a liminar do relator.