Daniel Alves, condenado por estupro, consegue liberdade provisória
Ex-jogador do São Paulo e da Seleção, condenado por estupro, terá que pagar fiança no valor de 1 milhão de euros
A Justiça da Espanha concedeu a liberdade condicional ao ex-jogador de futebol Daniel Alves. A informação foi divulgada pelo jornal espanhol El País. O ex-lateral-direito terá que pagar 1 milhão de euros de fiança para deixar a prisão, entregar os passaportes e não poderá se comunicar com a vítima do estupro.
O ex-jogador da Seleção Brasileira e do São Paulo foi condenado, no dia 22 de fevereiro, a 4 anos e 6 meses de prisão por estuprar uma mulher na boate Sutton, em Barcelona, em 2022. A sentença saiu cerca de duas semanas após o término do julgamento, realizado entre os dias 5 e 7 de fevereiro. Na época, o Tribunal de Barcelona levou em consideração as evidências e os depoimentos do julgamento, que provaram o abuso.
Relembre o caso
Daniel Alves foi preso preventivamente em Barcelona no dia 20 de janeiro de 2023, acusado de ter estuprado uma jovem de 23 anos na boate de luxo Sutton. Na denúncia, a vítima afirmou que, na noite dos fatos, estava na área VIP da casa noturna com amigas e que o ex-atleta a conduziu a um segundo local, alegando ser outra área VIP. No entanto, ela foi trancada em um banheiro, onde foi agredida e abusada pelo ex-lateral.
Desde o ocorrido, Daniel Alves apresentou cinco versões distintas sobre o incidente, sendo de forma oficial a Justiça ou não, negando o crime em todas elas:
Primeira versão
Inicialmente, o ex-jogador declarou publicamente não conhecer a vítima. Ele chegou a dar uma entrevista a uma emissora de televisão afirmando que nunca desrespeitaria o espaço de uma mulher e chegou a publicar um vídeo em suas redes sociais afirmando não conhecer a moça.
Segunda versão
Em janeiro de 2023, Daniel mudou a versão. Portais da Espanha noticiaram que o brasileiro admitiu à Justiça ter encontrado a mulher no banheiro, mas alegando que não havia feito nada, apenas ter ficado sem reação.
Terceira versão
A terceira versão, apresentada pela defesa em fevereiro do mesmo ano, afirmava que houve relação sexual oral, alegadamente consensual.
Essa declaração foi feita quando a defesa entrou com recurso pela liberdade do ex-atleta. Em informações do jornal El País, a mulher teria ido em direção a ele "se jogando", e ele não teria feito nada.
Quarta versão
Em abril do mesmo ano, em novo depoimento oficial, Daniel Alves confirmou a relação sexual com penetração, mantendo a alegação de consentimento.
Quinta versão
A última versão, apresentada pela advogada durante o julgamento, alega que o ex-jogador estava embriagado e sem plena consciência do que fazia. Essa versão deve ser usada por ele como última versão no julgamento.