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Viradouro é a campeã do Carnaval do Rio de Janeiro de 2024

O último título havia sido conquistado em 2020

Por Carlos Rocha Publicado em
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Viradouro é a grande campeã do Carnaval do Rio de Janeiro de 2024 (Foto: Tânia Rego/Agência Brasil)

A Unidos da Viradouro sagrou-se campeã do Carnaval do Rio de Janeiro de 2024, em uma disputa acirrada entre as 12 escolas de samba do Grupo Especial. Com um desempenho brilhante, a Viradouro conquistou 270 pontos, garantindo seu terceiro título na história da agremiação. O último título havia sido conquistado em 2020.

O anúncio do resultado causou tensão antes mesmo da divulgação das notas. Durante a apuração, o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), Jorge Perlingeiro, informou que estava em análise um recurso apresentado por quatro escolas contra a Viradouro. Elas pediram a punição da escola campeã devido a uma irregularidade na comissão de frente. No entanto, como a Viradouro obteve uma vantagem de 0,7 ponto sobre a segunda colocada, mesmo que o recurso seja aprovado, não afetará o título da escola.

Com um enredo que homenageou o culto ao vodum serpente, originário da Costa Ocidental da África, a Viradouro fechou os desfiles na segunda-feira (12). Além dela, as cinco melhores colocadas foram: Imperatriz Leopoldinense, Grande Rio, Salgueiro, Portela e Vila Isabel. Essas escolas se juntarão à Viradouro para o Desfile das Campeãs, que ocorrerá no próximo sábado (17).

O julgamento dos quesitos ocorreu na Cidade do Samba, na região portuária do Rio, em uma mudança em relação aos anos anteriores, quando a apuração era realizada na Praça da Apoteose. O desfile da Viradouro contou com um cortejo na pista dos barracões, uma das novidades deste ano.

O enredo da escola, intitulado "Arroboboi, Dangbé", liderado pelo carnavalesco Tarcísio Zanon, destacou a força da mulher negra por meio do culto africano à cobra sagrada vodum. O samba-enredo, composto por Claudio Mattos, Claudio Russo, Julio Alves, Thiago Meiners, Manolo, Anderson Lemos, Vinícius Xavier, Celino Dias, Bertolo e Marco Moreno, retratou a história do culto desde o século XVIII em Benin, na Costa Ocidental da África, até sua chegada ao Brasil.

Com uma performance impecável, a Unidos da Viradouro conquistou não apenas o título de campeã, mas também o reconhecimento pela exaltação de uma história marcante e relevante para a cultura afro-brasileira.



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