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comissão de segurança pública

Comissão do Senado aprova fim do "saidão" para presos

Os parlamentares votaram pela urgência na tramitação do texto em plenário, dispensando a análise pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)

Por Carlos Rocha Publicado em
A Justiça vai determinar o que será feito com a fortuna do condenado
Comissão do Senado aprova fim do "saidão" para presos (Foto: Agência Brasil)
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A Comissão de Segurança Pública (CSP) do Senado aprovou, nesta terça-feira (6), a um projeto de lei que impõe restrições ao benefício da saída temporária a presos, deixando-o disponível apenas para aqueles que desejam estudar. Os parlamentares votaram pela urgência na tramitação do texto em plenário, dispensando a análise pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Atualmente, a legislação possibilita a saída temporária, popularmente conhecida como "saidão" ou "saidinha", para condenados em regime semiaberto. Eles têm permissão para deixar a prisão até cinco vezes por ano para visitar familiares em feriados, participar de atividades educacionais externas ou integrar programas de ressocialização.

O projeto de lei em questão propõe a revogação desse benefício. O relator, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), acatou uma emenda do senador Sergio Moro (União-PR), que sugeria a manutenção da saída temporária para detentos matriculados em cursos profissionalizantes ou em cursos de ensino médio e superior.

O tema ganhou destaque após o trágico falecimento do sargento Roger Dias da Cunha, da Polícia Militar de Minas Gerais, morto ao abordar dois suspeitos de furto em Belo Horizonte no dia 5 de janeiro. O autor do disparo que resultou na morte do sargento tinha sido beneficiado por um "saidão" e deveria ter retornado à prisão em 23 de dezembro.

Além disso, o projeto de lei estabelece a obrigatoriedade de realização de exame criminológico para a progressão de regime e autorização do regime semiaberto. Esse exame visa avaliar se o detento possui condições de se adequar ao novo regime, sua periculosidade e senso de responsabilidade.

A proposta também amplia as regras para o uso de tornozeleira eletrônica pelos presos autorizados a deixar o regime fechado. Vale ressaltar que o projeto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados em 2022.



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