Irmão de Suzane von Richthofen: dos 10 milhões de herança à dívida milionária
A Justiça concedeu a Andreas o direito de herdar todo o espólio, avaliado à época em quase R$ 10 milhões
A história que chocou o Brasil há mais de duas décadas, envolvendo o assassinato dos pais de Suzane von Richthofen, ganha novos contornos com a disputa pela herança milionária da família. Após a condenação de Suzane a 40 anos de prisão por matar Manfred e Marísia von Richthofen em 2002, seu irmão Andreas von Richthofen, de 36 anos, entrou em uma batalha judicial para garantir o controle total dos bens deixados pelos pais.
A Justiça concedeu a Andreas o direito de herdar todo o espólio, avaliado à época em quase R$ 10 milhões. Entre os bens estavam carros, terrenos, seis imóveis, incluindo a mansão palco do crime, que foi vendida por R$ 1,6 milhão, além de dinheiro em contas correntes e aplicações. Contudo, 20 anos após a tragédia, Andreas enfrenta problemas significativos relacionados à gestão da herança.
Atualmente, o irmão de Suzane enfrenta 24 ações na Justiça de São Paulo devido a dívidas de IPTU e condomínios atrasados, totalizando um passivo de aproximadamente R$ 500 mil. Duas das propriedades herdadas foram fechadas por tanto tempo que acabaram sendo invadidas por falsos sem-teto. Uma dessas residências, localizada na Rua Barão de Suruí, Vila Congonhas, ficou com aspecto abandonado, sendo ocupada clandestinamente por uma família.
A situação se repete em outras propriedades de Andreas no bairro de Campo Belo, onde invasores já conquistaram título de propriedade por usucapião. Essa aquisição de imóvel por meio da posse prolongada, pacífica e sem oposição, coloca em risco os bens do herdeiro, que se mostra alheio aos problemas que acumula.
A casa na Rua República do Iraque, Brooklin Paulista, onde funcionava a clínica da psiquiatra Marísia von Richthofen, acumula uma dívida de R$ 20.170,17 até julho de 2023. Andreas, que morou no local durante seus anos de estudo, parece distante dos problemas financeiros que envolvem suas propriedades.
O paradeiro de Andreas, que se isolou em um sítio de São Roque durante a pandemia, torna-se um desafio para as autoridades judiciais que buscam notificá-lo sobre os processos de dívidas acumuladas. A advogada de Suzane, Jaqueline Domingues, tenta há anos costurar um encontro entre os irmãos, sem sucesso até o momento.