Anvisa aprova novo produto para diagnóstico de febre maculosa
Kit é fabricado por instituto do Paraná e deve ser manuseado por profissionais de saúde
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro de um novo produto para diagnóstico da febre maculosa. O kit é fabricado pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná e utiliza a técnica PCR, que detecta material genético de bactérias transmitidas pela picada do carrapato-estrela.
Segundo a Anvisa, o teste deve ser realizado por profissionais de saúde com conhecimento específico de biologia molecular. A autorização da Anvisa chega após um surto de casos de febre maculosa numa fazenda em Campinas (SP), no mês de junho.
O que é febre maculosa?
A febre maculosa é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato-estrela ou micuim (formas jovens do carrapato), que podem ser encontradas em área de vegetação e em animais.
As capivaras costumam ser os principais hospedeiros, contudo, o carrapato-estrela também pode ser encontrado em cavalos, bois, gambás, coelhos e animais de estimação expostos a locais com mata.
A doença não é transmitida diretamente de pessoa para pessoa pelo contato e seus sintomas podem ser facilmente confundidos com outras doenças que causam febre alta.
No Brasil, há duas espécies da bactéria causadora da doença: a Rickettsia rickettsii, que leva ao quadro de Febre Maculosa Brasileira (FMB) considerada a doença grave, registrada no norte do estado do Paraná e nos estados da região Sudeste; e a Rickettsia parkeri, que tem sido registrada em ambientes de Mata Atlântica (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Ceará), produzindo quadros clínicos menos graves.
Leia também: