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Casos de influenza têm aumento entre crianças, aponta relatório

Sinal é de queda ou estabilidade em adultos de todas as faixas etárias

Por Carlos Rocha Publicado em
Vacinação infantil tem a maior queda contínua dos últimos 30 anos, diz OMS
Vacinação infantil tem a maior queda contínua dos últimos 30 anos, diz OMS (Foto: Reprodução)

Os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Brasil tiveram crescimento moderado nas últimas três semanas, revela o Boletim InfoGripe divulgado hoje (13) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Segundo o boletim, o crescimento recente concentra-se fundamentalmente no público infantil, na faixa até 11 anos. Na população adulta, observa-se sinal de queda ou estabilidade no cenário nacional em praticamente todas as faixas etárias. 

De acordo com o estudo, o aumento deve-se à maior circulação do vírus Influenza ou a intercorrências respiratórias em função do início da primavera. Até o momento, não se observa, porém, associação com a covid-19.

O vírus da influenza A apresentou aumento em alguns estados, como Bahia, Goiás e Minas Gerais, com destaque especial para São Paulo e Distrito Federal, que registram o maior volume absoluto de resultados positivos para esse vírus nas últimas semanas.

Na análise da Fiocruz, a recente tendência de aumento da influenza em São Paulo e no Distrito Federal serve de alerta em decorrência da importância de ambos no fluxo interestadual de passageiros, especialmente para os grandes centros urbanos através da malha aérea nacional.

Foram considerados, nesta edição, os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica (Sivep-Gripe) até 10 de outubro. A análise corresponde ao período de 2 a 8 de outubro.

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos com resultado positivo para vírus respiratórios foi de 34,1% para Sars-CoV-2 (Covid-19), 25,4% para influenza A; 0,8% para influenza B; 13,0% para vírus sincicial respiratório (VSR). Entre as mortes, a presença destes vírus entre os casos positivos foi de 82,2% para Sars-CoV-2 (covid-19), 12,9% para influenza A; e 0% para influenza B e para VSR.

No cenário nacional, o boletim indica queda na incidência de SRAG na tendência de longo prazo, ou seja, consideradas as últimas seis semanas, e crescimento moderado na de curto prazo, ou seja, nas últimas três semanas. A curva nacional continua apontando para o patamar mais baixo desde o início da epidemia de covid-19 no Brasil.

Em 2022, conforme o Infogripe, foram notificados 247.822 casos de SRAG, sendo 118.576 (47,8%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 103.479 (41,8%) negativos, e ao menos 14.353 (5,8%) aguardando resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, a maior parte foi para covid-19, 78,6%; 9,1% deram positivo para vírus sincicial respiratório; 4,7%, para influenza A; e, 0,2%, influenza B.



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