Cônsul suspeito de matar marido tem prisão preventiva decretada
A Justiça negou 'habeas corpus' pedido pela defesa do diplomata alemão
A juíza Maria Izabel Pena Pieranti, do plantão judiciário do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, negou o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do cônsul alemão Uwe Herbert Hahn. Ele foi preso em flagrante acusado de matar o companheiro Walter Henri Maximillen Biot na última sexta-feira (5), no apartamento onde o casal morava em Ipanema, zona sul do Rio.
A defesa alegou no pedido de ‘habeas corpus’ que a prisão é ilegal, considerando a imunidade diplomática de Uew Herbert Hahn e a ausência de flagrante.
A magistrada considerou que, por se tratar de um processo do plantão judiciário, deve se limitar ao aspecto formal e da circunstância do delito praticado.
No despacho, a juíza afirmou que “o Plantão não é um prolongamento do expediente forense, funcionando com normas próprias, específicas e cogentes. E, por óbvio, não pode o Juiz do Plantão desviar-se dos estritos termos das referidas normas. Não olvidemos que este Órgão Jurisdicional não tem o desiderato de atender a toda e qualquer demanda. Como tal, para atender as medidas que se enquadrem às finalidades textuais, há de pautar-se excepcional e parcimoniosamente”, concluiu.
Privacidade
O cônsul-geral da República Federal da Alemanha no Rio de Janeiro, Dirk Augustin, esclareceu, por intermédio do cônsul-geral Adjunto, Joachim Schemel, que a Embaixada da Alemanha e o Consulado Geral no Rio de Janeiro “estão em estreito contato com as autoridades brasileiras neste caso”. Pediu ainda que, “por razões de privacidade pessoal”, não é possível atualmente fornecer mais informações sobre Uwe Herbert Hahn ou detalhes do caso.