Forças Armadas aprovam compra de 35 mil comprimidos de Viagra
Medicamento costuma ser usado para tratar disfunção erétil
As Forças Armadas brasileiras aprovaram a compra de mais de 35 mil unidades de Viagra. O medicamento costuma ser usado para tratar disfunção erétil. A informação é do Portal da Transparência e do Painel de Preços do governo federal.
De acordo com os dados, foram realizados oito pregões, que é uma modalidade de licitação, por unidades ligadas aos comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Os processos de compra foram aprovados desde 2020 e ainda estão válidos neste ano.
Na compra, o produto foi identificado pelo nome do princípio ativo Sildenafila, composição Sal Nitrato (Viagra). Do total, 28.320 comprimidos são destinados para a Marinha. Outros cinco 5 mil para Exército e 2 mil para Aeronáutica.
O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO), que compilou os dados dos processos, encaminhou ao Ministério da Defesa um requerimento pedindo explicações sobre a compra.
“Precisamos entender por que o governo Bolsonaro está gastando dinheiro público para comprar Viagra e nessa quantidade tão alta. As unidades de saúde de todo o país enfrentam, com frequência, falta de medicamentos para atender pacientes com doenças crônicas, como insulina, e as Forças Armadas recebem milhares de comprimidos de Viagra. A sociedade merece uma explicação”, disse ele.
À coluna Bela Megale, do O Globo, a Marinha e a Aeronáutica informaram que a compra do medicamento é para tratamento de pacientes com Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP), "uma síndrome clínica e hemodinâmica que resulta no aumento da resistência vascular na pequena circulação, elevando os níveis de pressão na circulação pulmonar”.
Ainda segundo a Marinha, a doença é “grave e progressiva que pode levar à morte”.
O Exército, conforme a coluna, não respondeu aos questionamentos.
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