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Forças Armadas aprovam compra de 35 mil comprimidos de Viagra

Medicamento costuma ser usado para tratar disfunção erétil

Por Juliana Alves Publicado em
Os processos de compra foram aprovados desde 2020
Os processos de compra foram aprovados desde 2020 (Foto: Reprodução)

As Forças Armadas brasileiras aprovaram a compra de mais de 35 mil unidades de Viagra. O medicamento costuma ser usado para tratar disfunção erétil. A informação é do Portal da Transparência e do Painel de Preços do governo federal.

De acordo com os dados, foram realizados oito pregões, que é uma modalidade de licitação, por unidades ligadas aos comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Os processos de compra foram aprovados desde 2020 e ainda estão válidos neste ano.

Na compra, o produto foi identificado pelo nome do princípio ativo Sildenafila, composição Sal Nitrato (Viagra). Do total, 28.320 comprimidos são destinados para a Marinha. Outros cinco 5 mil para Exército e 2 mil para Aeronáutica.

O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO), que compilou os dados dos processos, encaminhou ao Ministério da Defesa um requerimento pedindo explicações sobre a compra.

“Precisamos entender por que o governo Bolsonaro está gastando dinheiro público para comprar Viagra e nessa quantidade tão alta. As unidades de saúde de todo o país enfrentam, com frequência, falta de medicamentos para atender pacientes com doenças crônicas, como insulina, e as Forças Armadas recebem milhares de comprimidos de Viagra. A sociedade merece uma explicação”, disse ele.

À coluna Bela Megale, do O Globo, a Marinha e a Aeronáutica informaram que a compra do medicamento é para tratamento de pacientes com Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP), "uma síndrome clínica e hemodinâmica que resulta no aumento da resistência vascular na pequena circulação, elevando os níveis de pressão na circulação pulmonar”.

Ainda segundo a Marinha, a doença é “grave e progressiva que pode levar à morte”.

O Exército, conforme a coluna, não respondeu aos questionamentos.

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