Inflação para famílias de baixa renda atinge 11,4% em 12 meses, diz Ipea
Alta foi puxada principalmente pelo aumento dos alimentos, reajuste de energia elétrica e botijão de gás.
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou, nesta sexta-feira (12), o Indicador de Inflação por Faixa de Renda, que apontou aceleração da taxa de inflação para famílias de baixa renda em 1,35% no mês de outubro, atingindo 11,4% no acumulado de 12 meses. A alta foi registrada principalmente nas tarifas de energia elétrica, botijão de gás, aluguel, artigos de limpeza e alimentos.
Conforme o levantamento, a inflação do mês de outubro também atingiu a classe de renda mais alta, classificada a partir de R$ 17.764,49 mensais, com aceleração de 1,20% e acumulado de 9,3% nos últimos 12 meses. O grupo foi afetado principalmente pelo setor de transportes, como companhias aéreas e transporte por aplicativo, que tiveram alta influência pelos reajustes dos preços dos combustíveis. Além do aumento dos alimentação e habitação, a classe também enfrentou maiores despesas pessoais, como em serviços ligados à recreação.
Para as famílias de baixa renda, além dos aumentos nos preços dos alimentos no domicílio, houve altas nos preços da batata (23,6%), do açúcar (47,8%) e das proteínas animais como carnes (19,8%), aves e ovos (28,9%) e leite e derivados (8,8%). Os reajustes de 30,3% da energia e de 37,9% do gás de botijão explicam ainda grande parte da alta inflacionária nos últimos 12 meses. Já para as famílias com maiores rendimentos, a inflação acumulada no período é impactada, sobretudo, pelas variações de 45,2% dos combustíveis, de 50,1% das passagens aéreas, de 36,6% dos transportes por aplicativo e de 11,6% dos aparelhos eletroeletrônicos.
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