Auditor revela que não apontou supernotificação em mortes por Covid
Alexandre, do TCU, culpou o pai por vazamento.
Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, auditor do Tribunal de Contas da União (TCU), prestou depoimento à CPI da Covid-19 e afirmou que nunca apontou supernotificação nas mortes por Covid-19.
A informação vai de encontro com o relatório de autoria dele mesmo e que foi divulgado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
“O arquivo não era um papel de trabalho, uma instrução processual, um documento oficial do TCU, nada do tipo. Era apenas um debate inicial e aberto, que foi considerado encerrado. Em nenhum momento afirmei que houve supernotificação de óbito por Covid-19 no Brasil, apenas havia compilado algumas informações públicas para provocar um debate junto à equipe de auditoria”, disse. Ele ainda afirmou que obteve os dados “na internet”.
Ainda segundo Alexandre – que é filho do coronel reformado Ricardo Silva Marques, o vazamento do trabalho teria sido de responsabilidade do próprio pai, que é colega do presidente na turma de 1977 da Academia Militar.
“Depois de trabalhar no arquivo Word, encaminhei-o ao meu pai via WhatsApp. Assim que ele viu a compilação de informações, perguntou qual era a fonte. E eu respondi que era eu, eu tinha compilado essas informações da internet. E logo em seguida mudamos de assunto”, afirmou.