Covaxin: PGR pede abertura de inquérito para investigar Bolsonaro
O inquérito só foi aberto, contudo, nessa quarta-feira (30), após o caso estourar.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) se posicionou a favor da abertura de inquérito para investigar se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cometeu crime de prevaricação ao ser avisado sobre potenciais irregularidades durante as negociações da vacina indiana Covaxin. A informação veio a público nesta sexta-feira (2),
Segundo o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), Bolsonaro foi avisado sobre as suspeitas de contrato superfaturado e teria prometido mandar o caso para a Polícia Federal (PF).
O inquérito só foi aberto, contudo, nessa quarta-feira (30/6), após o caso estourar.
“A despeito da dúvida acerca da titularidade do dever descrito pelo tipo penal do crime de prevaricação e da ausência de indícios que possam preencher o respectivo elemento subjetivo específico, isto é, a satisfação de interesses ou sentimentos próprios dos apontados autores do fato , cumpre que se esclareça o que foi feito após o referido encontro em termos de adoção de providências”, assinalou o vice-PGR, Humberto Jacques de Medeiros.
A manifestação foi enviada à ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber, no âmbito da petição 9.760.
A PGR propõe solicitar informações à Controladoria-Geral da União (CGU), ao Tribunal de Contas da União (TCU), à Procuradoria da República no Distrito Federal, e em especial à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da pandemia; produzir provas e ouvir os supostos autores do fato.