Há 16 projetos de vacinas contra a Covid-19 em andamento no Brasil
Os estudos indicam que um dos imunizantes pode ficar pronto no ano que vem
É de um laboratório da Universidade Federal de Minas Gerais que pode sair a primeira vacina produzida totalmente em solo brasileiro. Os pesquisadores começaram o processo do zero, ou seja, até a tecnologia usada vai ser nacional. Neste momento, o imunizante está sendo testado em animais. Entre as técnicas, uma é semelhante a da vacina Astrazeneca, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, que usa o adenovírus.
"Além do adenovírus, a gente usa um vírus que foi usado como vacina para varíola, por exemplo, a gente usa ele como vetor; a gente usa o vírus influenza, a vacina do vírus influenza como vetor. Mas nós temos também uma linha com a vacina de RNA mensageiro semelhante à da Pfizer e também uma linha de vacina com proteína isolada", aponta Flávio Fonseca, virologista e professor da UFMG.
Os estudos da universidade mineira levam em conta as regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para garantir a eficácia e a segurança da vacina. Os pesquisadores indicam que será necessária a aplicação de duas doses em cada pessoa. Se tudo correr bem, os testes em humanos devem começar no fim deste ano e os resultados finais da frase três, a última etapa antes da aprovação de um imunizante, estão previstos para o ano que vem.
Até agora, foram investidos mais de 5 milhões de reais. O financiamento pode vir da parceria firmada entre a universidade e o Ministério da Ciência e Tecnologia. A pasta coordena um consórcio com 16 iniciativas.
O responsável pelos projetos no ministério explica que a produção de uma vacina nacional pode incluir as variantes do coronavírus que estão surgindo no Brasil.
SBT News