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Aparecimento de gafanhotos chama atenção de moradores da Grande Recife; veja

Dezenas de gafanhotos apareceram em casas de Paulista, na região metropolitana de Recife

Por Redação T5 Publicado em
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Foto: Reprodução/WhatsApp

A nuvem de gafanhotos vinda que surgiu na Argentina deixou muito brasileiro não com uma pulga, mas um gafanhoto atrás da orelha. A partir da notícia verdadeira, com o ocorrido na Argentina, várias falsas começaram a aparecer, como o surgimento de gafanhotos na cidade de Monteiro, no interior da Paraíba.

No entanto, os insetos deram as caras em uma cidade que fica bem perto da capital paraibana. Dezenas de gafanhotos apareceram em casas de Paulista, na região metropolitana de Recife, em Pernambuco. Os insetos, que estão em pauta, chamaram atenção de moradores.

De acordo com os moradores, os gafanhotos começaram a aparecer na manhã da quinta-feira (25) em casas da Rua Vista Alegre, no centro da cidade. Uma das moradoras contou que nunca viu isso acontecer.

"Por volta de 11h40 a gente começou a perceber pelas paredes das casas, em canteiros e em algumas plantas. Eu moro aqui há cinco anos e nunca vi isso. Minha vizinha mora há 50 anos e também nunca percebeu nada. Ficou todo mundo assustado", disse.

A preocupação dos moradores é que os gafanhotos tenham a ver com a nuvem formada pelos insetos que apareceu na Argentina. No entanto, o pesquisador Marco Aurélio, do Departamento de Biologia da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), especialista em entomologia e combate a pragas, descartou essa possibilidade, em entrevista ao portal G1.

Ele explicou que os gafanhotos que apareceram em Paulista e em outras cidades de Pernambuco como Carpina, na Zona da Mata Norte, são da espécie Tropidacris collaris. O adulto é conhecido como gafanhoto gigante ou tucura. "Ele passa por vários estágios, na forma imatura, até chegar à fase adulta, quando ganha a coloração verde", destacou.

De acordo com o pesquisador, a espécie é comum na região e não tem qualquer relação com a nuvem de gafanhotos da Argentina, que são da espécie Schistocerca cancellata.

"São espécies diferentes. Esse que está aparecendo aqui tem uma fase gregária, a fase jovem, quando ficam juntos, mas na fase adulta ficam isolados. Eles também não migram. Os da Argentina são gregários na fase adulta, ficam juntos e quando atingem plantações voam bastante, fazem migração e se alimentando de várias culturas", detalhou.



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