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Cientistas brasileiros estudam eficiência da Dexametasona contra a Covid-19

Um consórcio com sete hospitais e dois institutos de pesquisa no Brasil vem testando a Dexametasona no tratamento de 350 pacientes.

Por Redação T5 Publicado em
Enfermeiro durante enfrentamento à pandemia da Covid-19.
Enfermeiro durante enfrentamento à pandemia da Covid-19. (Foto: Arquivo/SES-PB)

O medicamento que, segundo pesquisadores britânicos, é capaz de reduzir o risco de morte em pacientes com quadros mais graves da Covid-19, também está sendo estudado por cientistas brasileiros.

Um consórcio com sete hospitais e dois institutos de pesquisa no Brasil vem testando a Dexametasona no tratamento de 350 pacientes. O resultado do estudo deve ser publicado em agosto. "Nós estamos, pela primeira vez, falando de uma medicação do Covid que efetivamente reduziu mortalidade", afirma a médica Viviane Veiga, que faz parte do grupo de pesquisa.

No estudo da Universidade de Oxford, publicado nesta terça-feira (17), o medicamento reduziu em 35% a morte de pacientes que estavam no ventilador mecânico e, em 20%, as de pessoas que precisavam de oxigênio, mas não estavam entubadas. Segundo os pesquisadores ingleses, se o remédio tivesse sido usado desde o início da pandemia no país, mais de 5 mil vidas poderiam ter sido salvas.

Ao longo do tratamento, a Dexametasona atua diminuindo os danos provocados no organismo do paciente pela própria resposta imunológica do corpo contra a Covid-19. A especialista explica que, ao tentar combater o novo coronavírus, o sistema imunológico provoca uma inflamação, que acaba por comprometer o organismo do paciente. "Estamos vendo comprometimento neurológico, cardíaco, pulmonar, renal, a gente sabe que são inúmeros órgãos que ele vai afetando. O objetivo é tentar bloquear, minimizar essa atividade inflamatória dentro do organismo", diz Viviane Veiga.

A Organização Mundial da Saúde comemorou, nesta quarta-feira (17), a descoberta do uso de corticoides, como a Dexametasona, para o tratamento da Covid-19, mas destacou que ainda não foi comprovada a eficácia dessas substâncias em quadros mais leves da doença.

A advertência é necessária para evitar o uso do corticoide sem indicação médica e, principalmente, como ação preventiva contra o novo coronavírus.

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SBT



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