Homem derruba cruzes que lembram mortos pela covid-19, no RJ; veja
Protesto da Rio de Paz cobrava ações do governo com relação à pandemia
A imagem é de embrulhar o estômago. A ONG Rio de Paz fazia um protesto nas areias de Copacabana para simbolizar as pessoas mortas por Covid no Brasil
— Diego Sangermano (@disangermano) June 11, 2020
Um homem, que não concordava com a manifestação, derrubou as cruzes.
Coube a um pai, que perdeu o filho, recolocar tudo no lugar pic.twitter.com/LWAT0AeHnK
Um grupo de pessoas protestou hoje à tarde (11) contra a manifestação realizada pela organização não governamental Rio de Paz, na praia de Copacabana. Voluntários da ONG abriram 100 covas rasas na areia da praia, com cruzes e bandeiras do Brasil, para simbolizar as mortes pela covid-19 no país. O objetivo era criticar a forma como o governo federal está lidando com a pandemia.
Contrário ao ato do Rio de Paz, um homem começou a arrancar as cruzes fincadas na areia e teve início um princípio de confusão.
Um pai que perdeu o filho de 25 anos para o novo coronavírus aparece em um vídeo, postado nas redes sociais da ONG, recolocando as cruzes no lugar e pedindo respeito às famílias que tiveram de enterrar pessoas queridas. “Meu filho morreu com 25 anos. Ele era saudável. Respeitem a dor das pessoas. Respeitem, grupo de fascistas”, desabafou o homem, inconformado com a atitude, enquanto recolocava os símbolos no lugar.
O presidente da Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, afirmou que esta foi a primeira vez que ele viu uma manifestação contrária a um ato da organização não governamental. “Nós estávamos ouvindo muitas expressões de ódio no calçadão. Mas um senhor decidiu derrubar as cruzes, mesmo sem reação nossa”, afirmou.
Costa destacou que o objetivo do protesto era cobrar ações sanitárias e econômicas por parte do governo federal diante da pandemia de covid-19. “O Brasil está nu perante o mundo. Todas as suas injustiças sociais e desgoverno emergiram nesses meses de pandemia. Se não houver, por parte do governo, mudança de rumo na condução dessa multifacetada tragédia social, seremos o país com o maior número de mortos pela covid-19”, afirmou o presidente da ONG.
Agência Brasil