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Soro feito com sangue de cavalos pode originar tratamento para Covid-19

Expectativa é de que o soro esteja disponível para testes em humanos dentro de dois meses.

Por Redação T5 Publicado em
Grupo é preso por vender carne de cavalo para hamburguerias no RS
Grupo é preso por vender carne de cavalo para hamburguerias no RS (Foto: Reprodução/ Twitter)

O Instituto Vital Brazil, órgão ligado à Secretaria de Saúde do estado do Rio de Janeiro, deu início a uma experiência que pode resultar em um tratamento para a Covid-19.

Em uma fazenda em Cachoeiras de Macacu, a 120 quilômetros da capital fluminense, cavalos começaram a receber, nessa quarta-feira (27), doses com pequenas fracções do novo coronavírus. Os pesquisadores esperam coletar anticorpos contra a doença, produzidos pelo organismo dos animais, de modo a utilizá-los na fabricação de um soro contra a Covid-19.

"A nossa esperança é que esse soro seja bem eficiente, quiçá que o animal, o cavalo já produza anticorpo para essa família de coronavírus. Portanto, será, até então, o melhor remédio contra a Covid-19", afirmou o presidente do Instituto Vital Brazil, Adilson Stolet.

O estudo, que está sendo desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Fiocruz, deverá seguir o mesmo processo que o Instituo utiliza, há um século, para produzir os soros antiofídico (utilizado no tratamento da mordida de animais peçonhentos, como cobras, aranhas e escorpiões) e contra a raiva.

"O veneno da serpente, por exemplo, ela joga ali não um veneno só. São quarenta venenos que a serpente lança, quando ela ataca para matar a presa. E a gente produz esse soro, que são anticorpos, para quarenta moléculas. E a gente não tem quase efeito colateral nenhum. E é a mesma coisa que a gente espera com o vírus", explica Stolet.

A expectativa é de que o soro esteja disponível para testes em humanos dentro de dois meses. Se comprovada a eficácia contra o novo coronavírus, os 25 cientistas envolvidos na pesquisa esperam começar a produção do medicamento até dezembro deste ano. O Instituto Vital Brazil estima a fabricação de até 300 mil doses do tratamento por ano.

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