Cloroquina aumenta risco de morte por Covid-19 e casos de arritmia, diz estudo
Pesquisa divulgada pela revista britânica "The Lancet" contou com análise de 96 mil pacientes e dados de 671 hospitais
Nessa semana, a revista científica britânica "The Lancet" publicou o estudo mais amplo realizado até o momento sobre o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19. Além de não comprovar a eficácia da medicação no combate à doença, a pesquisa mostrou também que a utilização dos remédios pode elevar o risco de morte e desenvolvimento de arritmia cardíaca entre os pacientes internados.
Os dados do estudo foram coletados de 671 hospitais, onde 96 mil pacientes com o novo coronavírus foram analisados, sendo a maior parte deles na América do Norte (65%, com 63.315 pacientes). O segundo maior grupo foi na Europa (17,3% e 16.574 pessoas analisadas), mas também foram avaliados doentes da Ásia (7,9% / 7.555 pessoas), África (4,6% / 4.402), América do Sul (3,7% / 3.577) e Oceania (0,6% / 609).
As medicações foram administradas sempre no segundo dia de internação após o diagnóstico da Covid-19, sendo utilizadas juntas, sozinhas ou até mesmo associadas a outros medicamentos. Além de não registrar melhora nos pacientes, o estudo identificou um aumento no risco de morte e dos caso de arritmia cardíaca.
Os autores do estudo defendem que mais pesquisas sejam realizadas, mas recomendam que a cloroquina e a hidroxicloroquina não sejam usadas para pacientes com o novo coronavírus. A recomendação reforça um protocolo que já vinha sendo adotado pela Organização Mundial da Saúde.
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