Pandemia pode dobrar número de desempregados no Brasil, aponta estudo
Caso o governo não amplie as ferramentas de transferência de renda para a população e auxilie empresas para manter empregos, a crise do coronavírus pode deixar 12,6 milhões de pessoas desempregadas no Brasil, de acordo com um estudo feito pelos pesquisadores do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).
O cenário mantém a expectativa para a maior parte dos setores, mas o setor de serviços pode ter uma piora mais profunda.
Conforme uma das pesquisadoras, Silvia Matos, a queda do PIB de 3,4% é praticamente a mesma que houve entre 2015 e 2016, mas ainda assim, a destruição de empregos não é compatível a outras recessões registradas nos últimos 40 anos.
“Há uma discrepância entre PIB e emprego como nunca vimos. Estou menos preocupada com PIB e mais preocupada com renda. O choque de emprego não tem como evitar. Já observamos em outros países. A questão é dar compensação de renda para amenizar esse choque severo. A gente já passou por quedas de PIB similares, mas a destruição de renda será muito maior. Vai ter de compensar isso, porque não tem como as pessoas procurarem emprego”, diz ela, em entrevista à Folha de S. Paulo.
+ Igrejas transmitem celebrações da Páscoa pela internet neste domingo