Ministro da Saúde alerta governadores sobre medidas extremas: "Todos vão chorar"

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, pediu união dos governadores para tomar ações em prol da prevenção contra o covid-19. Em videoconferência neste sábado (28), Mandetta alertou gestores sobre medidas extremas.

"Peço aos governadores: não façam ações intempestivas. Eu preciso coordenar uma ação nacional; se for dessa maneira de quem pode mais, talvez todos vão chorar. É preciso sentar e conversar", ressaltou. 

O ministro defendeu que as decisões precisam ser tomadas considerando o quadro inteiro da doença e da economia do país. "Se for cada um olhar para seu umbigo vai ficar muito difícil. Precisamos fazer tudo junto", pontuou.

Ainda assim, o titular da Saúde ressaltou que é necessário que governadores e prefeitos tomem todas as ações necessárias para o combate ao coronavírus. "Se for preciso gerar um estresse agora, para aliviar um estresse posterior, deve ser feito".

 Para o ministro, o 'lockdown', que seria o bloqueio total de estradas e serviços no país, não é a solução para o momento. "Não existe fechamento total, vai causar muito problema", disse.

Mandetta afirmou ainda que não sairá da pasta. Ele voltou a ressaltar que é necessário preservar a vida de todos, não apenas de idosos, como foi defendido pelo presidente Jair Bolsonaro.

Em todo o Brasil há quase quatro mil casos confirmados da covid-19 e 111 mortes. Os dados foram divulgados neste sábado (28) pelo Ministério da Saúde. 

Ainda conforme a pasta, São Paulo concentra 1.406 casos, sendo seguido pelo Rio de Janeiro, que possui 558 ocorrências de infecção pelo vírus. O balanço aponta aumento no número das mortes, chegando a 111 óbitos.

 Antes, o país contabilizava 92 mortes, tendo acréscimo de 19 casos letais.

Assim como na Paraíba, o Ministério da Saúde não contabiliza casos suspeitos, apenas os que já foram confirmados mediante realização de teste. No estado paraibano, até o momento há 14 casos confirmados.

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